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sexta-feira, 6 de março de 2015

Projeto musical vai homenagear potiguares destaques na MPB



fonte: novo jornal

O samba do “Quarteto Linha” vai dar tom à primeira noite de “Caminhos do Elefante na MPB”, o novo projeto do produtor cultural José Dias. A ideia é apresentar a cada primeira quinta-feira do mês um show destacando algum cantor, compositor ou grupo potiguar importante para a música brasileira. Toda esta primeira temporada de 2015, que vai até o dia 10 de dezembro, está sendo bancada sem patrocínios por enquanto.   Muito embora o Quarteto Linha seja a primeira atração convidada para subir ao palco do TCP (hoje às 20h30), Zé Dias conta que a ideia de montar este projeto surgiu há alguns anos, quando ele começou a produzir um disco em parceria com a cantora Tânia Soares, no qual ela interpreta exclusivamente compositores potiguares que foram gravados por artistas nacionais, como João Gilberto, Clara Nunes e Elza Soares.   O CD ainda sem título já está finalizado e deve ser lançado apenas no segundo semestre. Tânia Soares, por sinal, é uma das convidadas do projeto e se apresenta no dia 1 de outubro, em um show especialmente preparado para homenagear o cantor e compositor potiguar Hianto de Almeida, um dos “precursores da Bossa Nova”, como define Zé Dias.   Entre os dez shows marcados até dezembro, seis são autorais e quatro são tributos a nomes que Zé Dias considerou “fundamentais” para iniciar o projeto: “Nubia Lafayette”, na voz de Dodora Cardoso (7 de maio), “Elino Julião”, revisado pelo trio As Nordestinas (4 de junho), “Ademilde Fonseca”, por Laryssa Costa (3 de setembro), e “Hianto de Almeida” por Tânia Soares, no dia 1 de outubro.   “Nubya por fazer história na época de ouro da rádio nacional; Elino, porque foi um dos artistas mais importantes para a música nordestina; Ademilde, simplesmente porque ela foi a maior, senão a única, cantora de choro do Brasil; e Hianto de Almeida pelo fato de ter sido um dos primeiros nomes da Bossa Nova, muito embora a nova geração desconheça isso”, argumenta o produtor cultural.   “Hianto inclusive entrou definitivamente para a história quando João Gilberto o gravou em 1952, e Tom Jobim o arranjou um pouco depois, em 1955”, complementa Zé Dias sobre o macauense, explicando que as demais atrações convidadas para este ano e que não farão homenagens, se justificam pela projeção nacional que obtiveram no cenário nacional recentemente.   “O Quarteto Linha participou do Som Brasil, assim como os demais. São garotos que estão recebendo muito reconhecimento no sudeste do país ultimamente”, diz sobre a atração de hoje, o grupo potiguar que ainda carrega no currículo a pompa de ter “Leci Brandão”, como a madrinha da banda, além de grande visibilidade no “Exposamba”, um dos maiores concursos do estilo musical, realizado em São Paulo.   “Sempre me incomodou o fato de Mário de Andrade ter passado pelo Rio Grande do Norte na década de 20, e ter ficado encantado com o talento de Chico Antonio e seus cocos, incluindo esse ritmo na roda de um Nordeste musical, e ninguém falar disso”, adiciona o produtor cultural que agora completa 20 anos de atuação.   Com um apoio inicial do Sebrae, Zé Dias comenta que não sabe quando o projeto vai se encerrar, mas que já tem na sua cabeça todas as atrações que poderão compor o segundo ano de Caminhos do Elefante na MPB. “Tô começando na raça, assim como foram com outros projetos meus, mas acredito sim que o estado vai reconhecer a sua história através desse projeto. É disso que nós precisamos”, defende.   Ainda de acordo com Zé Dias, o projeto pretende fazer conexão entre os nomes pioneiros da música potiguar e os talentos mais recentes, reconhecidos sejam por participações em programas importantes da Rede Globo, como pela projeção em outros estados. “Me chamou muita atenção isso nos últimos anos, tem muita gente nossa participando de vários programas da Rede Globo, e ganhando projeção nacional”, comenta. 

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