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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

CCJ da Assembleia aprova projeto que exige ficha limpa para comissionados do Governo

CCJ da Assembleia aprova projeto que exige ficha limpa para comissionados do Governo


Reunião da comissão aconteceu na tarde desta quinta, na Assembleia Legislativa


Reunião da comissão aconteceu na tarde desta quinta, na Assembleia Legislativa

Por três votos a dois, o Projeto de Lei que exige critérios técnicos qualificadores para contratação de cargos comissionados no Governo do Estado foi aprovado na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ). A matéria, que é de autoria do deputado Kelps Lima (sem partido), irá tramitar por outras comissões temáticas da Assembleia Legislativa e só depois será levado ao Plenário da Casa para votação.

Além da exigência de Ficha Limpa dos nomeados, o Projeto de Lei estabelece que 100% dos cargos de secretários adjuntos nas secretarias sejam ocupados por servidores do quadro, com experiência comprovada e que estejam lotados na pasta para qual serão nomeados; o projeto obriga também que o currículo de cada um seja publicado no Diário Oficial, de forma que a opinião pública saiba se o contratado tem qualificação para o trabalho.



Durante a votação da matéria, surgiu um impasse, tendo em vista que os deputados Agnelo Alves (PDT) e Getúlio Rêgo (DEM) alegaram que o que está proposto não obedece aos dispositivos da Constituição Federal e Estadual. “O Projeto trata da estrutura da administração direta e indireta, mas as leis que criam cargos ou funções são privativas ao Executivo. No entanto, me refiro apenas aos critérios para ocupação de cargos em comissão. Isso não se opõe a lei da Ficha Limpa, que é uma lei a qual todos nós devemos nos submeter. Somos uma comissão de filtro da constitucionalidade, não votamos mérito das matérias”, afirmou Getúlio.

O deputado Agnelo Alves declarou, em seu voto, que embora as medidas sejam louváveis, o regime jurídico dos servidores públicos é de responsabilidade ao chefe do Executivo. “O Projeto possui vício de inconstitucionalidade formal, não podendo ter sua tramitação admitida”, disse o deputado.

Votaram a favor do Projeto os deputados Kelps Lima, Hermano Morais (PMDB) – que foi o relator da matéria -, e Ezequel Ferreira de Sousa (PTB), que deu o voto de desempate. Para ele, entre o Direito e a ética, a escolha foi pela segunda. “O mérito do Projeto é louvável, mas sabemos que está em confronto com alguns dispositivos da Constituição Estadual. Mas, entre o Direito e a ética, fico, portanto com a ética e voto pela constitucionalidade”, declarou. 

O autor da matéria, o deputado Kelps Lima disse que na administração pública estadual não é cumprido o que está previsto na Constituição. “Hoje é possível nomear um analfabeto para um cargo no Governo, e digo analfabeto na área em que irá trabalhar. Muito não têm conhecimento do que se faz no setor e isso vai de encontro ao principio da eficiência. É possível, também, contratar um ficha suja e isso vai de encontro ao princípio da moralidade. O nosso projeto propõe que a ocupação do cargo obedeça a Constituição, não é limitar os governantes. Voto em defesa da Constituição e não em agressão a ela”, declarou. 

FONTE:
http://tribunadonorte.com.br

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