fonte: tribuna do norte
A Defesa Civil do Rio Grande do Norte não tem estrutura suficiente para atender a demanda. Criada há quatro anos, a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (CEPDEC) funciona em uma sala pequena e apertada localizada no pavimento térreo do prédio da secretaria de Estado da Justiça e Cidadania (Sejuc). Os problemas são visíveis, mas vão além da estrutura física. Para atender os 167 municípios potiguares, são apenas cinco servidores disponíveis. Mesmo com a situação adversa, a coordenação afirma que conseguiu avançar nos últimos anos e promete novos projetos se houver melhorias no setor.“Nossa principal deficiência é com relação à falta de estrutura organizacional. Precisamos de um quadro de servidores multidisciplinar para poder organizar o setor e, assim, poder atuar com mais eficiência em todas as fases de um desastre”, explicou o coordenador do órgão, coronel Josenildo Acioli.
Quem vai à sala da Defesa Civil percebe que a situação não é fácil. O espaço está tomado por caixas cheias de filtros de polietileno que foram devolvidos pela Prefeitura de Touros. O RN recebeu 16 mil unidades do produto do Governo Federal e a Defesa Civil fez o repasse para os municípios em situação de emergência. Touros, a 87 quilômetros de Natal, recebeu um montante, mas devolveu aproximadamente 30 unidades. Enquanto não se arruma um outro destino para o material, as caixas ficam na sala da coordenadoria.
O problema é conhecido pela administração estadual. A ex-governadora Rosalba Ciarlini chegou a visitar o espaço e prometeu que iria remanejar a Defesa Civil para um outro setor da Sejuc. A promessa não foi cumprida. Agora, o titular da Sejuc, Zaídem Heronildes Filho, afirma que “estão sendo tomadas providências para melhorar as condições da infraestrutura da CEPDEC”.
O atual secretário também reedita a promessa da ex-gestora estadual. “Para dar início, estamos trazendo dois novos agentes para a coordenadoria. Também estamos em processo de aquisição de um veículo 4x4 para facilitar à logística e também material de informática para aprimorar a sistematização do trabalho interno. Inclusive, estamos pleiteando a possibilidade de uma mudança da coordenadoria para uma sede própria”, explicou Zaídem.
A Sejuc contou ainda que a Defesa Civil continua aplicando-se para atender todas as demandas da população. “No que se refere a situação emergencial por estiagem, a prioridade agora é o reestabelecimento do Comitê Integrado para Ações de Convivência com a Seca, que será responsável por desenvolver políticas públicas específicas sobre o tema”, informou a assessoria da secretaria.
Projetos
Apesar dos problemas de infraestrutura e organizacional, Acioli contou que, nos últimos anos, conseguiu empreender alguns projetos junto aos municípios potiguare. A principal ação diz respeito à implantação de coordenadorias ou secretarias de Defesa Civil municipais. “Quando começamos os trabalhos, existiam apenas 20 coordenadorias de Defesa Civil nos municípios. Agora, esse número saltou para 147. Isso é reflexo do nosso trabalho”, disse.
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