fonte:São Paulo (AE)
As investigações a respeito de casos de corrupção envolvendo ex-diretores da Petrobras poderão provocar um rombo bilionário nas contas da estatal. Na madrugada de ontem, a companhia revelou ter identificado uma diferença líquida de R$ 61,4 bilhões entre o “valor justo” de ativos analisados e o “valor imobilizado” dos mesmos projetos, todos com contratos assinados entre 2004 e abril de 2012. O montante corresponde a praticamente todo o lucro acumulado pela estatal desde 2012, que foi de R$ 58,191 bilhões.
A divulgação do número, em um momento no qual o mercado aguardava o valor das perdas estimadas pela Petrobras com casos de corrupção, provocou maior turbulência sobre as ações da estatal. As preferenciais fecharam em queda de 11,21%, sendo negociadas a R$ 9,03. As ações ordinárias caíram 10,48% , negociadas a R$ 8,63. Resultado: somente ontem, a estatal perdeu R$ 14 bilhões em valor de mercado .
O montante de R$ 61,4 bilhões, contudo, é um valor ainda não contabilizado, e que deverá passar por mudanças conforme sejam feitos ajustes nas métricas de avaliações implementadas pela Petrobras e por auditorias externas. De acordo com a estatal, o cálculo dimensiona eventuais perdas provocadas pelos casos de corrupção investigados na Operação Lava Jato, mas também deve levar em consideração variáveis como taxas de câmbio, mudanças nos projetos e até mesmo equívocos no planejamento desses projetos, entre outras razões.“O amadurecimento adquirido no desenvolvimento do trabalho tornou evidente que essa metodologia não se apresentou como uma substituta ‘proxy’ adequada para mensuração dos potenciais pagamentos indevidos, pois o ajuste seria composto de diversas parcelas de naturezas diferentes”, sintetizou a companhia.
O montante de R$ 61,4 bilhões, contudo, é um valor ainda não contabilizado, e que deverá passar por mudanças conforme sejam feitos ajustes nas métricas de avaliações implementadas pela Petrobras e por auditorias externas. De acordo com a estatal, o cálculo dimensiona eventuais perdas provocadas pelos casos de corrupção investigados na Operação Lava Jato, mas também deve levar em consideração variáveis como taxas de câmbio, mudanças nos projetos e até mesmo equívocos no planejamento desses projetos, entre outras razões.“O amadurecimento adquirido no desenvolvimento do trabalho tornou evidente que essa metodologia não se apresentou como uma substituta ‘proxy’ adequada para mensuração dos potenciais pagamentos indevidos, pois o ajuste seria composto de diversas parcelas de naturezas diferentes”, sintetizou a companhia.
Para os analistas do UBS, o ajuste contábil da Petrobras em decorrência das perdas da estatal com casos de corrupção deve somar R$ 25 bilhões em 2014. O equivalente a 40% da perda total de R$ 61,4 bilhões citada pela estatal. A Petrobras ainda não informou um prazo para divulgar o número oficial de perdas oriundas de casos de corrupção, as quais devem ser contabilizadas em resultados trimestrais futuros da estatal.
Para chegar a esse número, a Petrobras e avaliadores internacionais independentes analisaram ativos que, juntos, tinham valor justo de R$ 188,4 bilhões, praticamente um terço do ativo imobilizado total da Petrobras, de R$ 600,1 bilhões. Fazem parte da lista projetos cujos contratos foram firmados entre a Petrobras e as empresas citadas na Operação Lava Jato entre 2004 e abril de 2012, período no qual o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa integrava a diretoria da estatal.
Os auditores externos responderam por 81% do ativo total avaliado. A análise dos outros 19% ficou sob a responsabilidade de equipes técnicas da Petrobras, “porém com total consistência metodológica e de premissas com o trabalho realizado pelos avaliadores independentes”, informou a estatal. O estudo mostrou que os ativos com valor justo abaixo do imobilizado totalizaram R$ 88,6 bilhões de diferença a menor.
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