Secretário admite que Natal “vive uma epidemia de dengue”

fonte: poral no AR

“Vivemos uma epidemia de dengue”. É o que afirma o secretário municipal de Saúde, Luiz Roberto Fonseca durante entrevista coletiva, realizada na tarde de ontem (24) no auditório da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).   De acordo com o secretário, os dados da 6ª semana epidemiológica mostram que existem, atualmente, 530 casos notificados e uma incidência de 15 casos a cada 100 mil habitantes. Segundo ele, o limite tolerável seria um número de 10 casos para cada 100 mil habitantes.   Ainda de acordo com Luiz Roberto, tais números denotam um fracasso na atuação de combate durante o ano anterior. Para ele, deficiências no número de agentes de endemias e da própria ação de convencimento da população foram fatores para o agravamento do quadro. “Por ser uma doença endêmica, você não consegue fazer o combate sozinho, você precisa da adesão da população”, disse.   Diante da situação, o secretário adianta que ainda está semana estará pondo em ação um plano de contingência, que visa o enfrentamento do mosquito em sua fase adulta. “Isso não é o ideal, não é assim que se ganha a guerra contra a dengue. O combate se faz através da prevenção ainda na fase de larva, evitando os focos”, esclareceu.   Segundo o chefe do Centro de Controle de Zoonoses, Alessandro de Medeiros, o plano de contingência está pautado no controle vetorial, com o acionamento de carros fumacê e agentes com equipamentos portáteis. “É importante salientar que essas áreas que serão borrifadas, serão aquelas que foram notificadas com casos de dengue”, acrescentou.   Atualmente, a SMS conta com três equipes, cada uma com seis agentes, prontas para serem acionadas, além de trinta equipamentos portáteis e o inseticida necessário.   O chefe do setor de zoonoses esclarece que o inseticida utilizado não causa nenhum mal a população, pois possuem uma dosagem muito baixa não oferecendo nenhum risco. “A recomendação para a população é a de quando o carro fumacê estiver se aproximando, abrir todas as portas e janelas para que o inseticida possa entrar e matar o vetor” orientou.