Fonte: DW
Ataques em postos de controle na Península do Sinai causam morte dezenas de militares, civis e militantes do "Estado Islâmico". Em Cairo, forças de segurança matam nove membros da organização radical Irmandade Muçulmana.Confrontos entre militantes da organização terrorista do "Estado Islâmico" (EI) e soldados egípcios na Península do Sinai, no norte do Egito, deixaram mais de 100 pessoas mortas, afirmou o Exército do país. Autoridades militares afirmaram, nesta quarta-feira (01/07), que 17 soldados, incluindo quatro policiais, e mais de 100 extremistas foram mortos.
No entanto, citando autoridades locais, relatos da imprensa egípcia e de agências de notícias divulgaram um número muito maior de soldados mortos nos combates. Os ataques ocorreram ao sul da cidade de Sheikh Zuweid, perto da fronteira com Israel, e tiveram como alvo cinco postos de controle militar. Os atentados foram reivindicados pelo ramo egípcio do EI.
Apesar de o porta-voz do Exército, brigadeiro-general Mohammed Samir, ter dito à televisão estatal que a situação está "100% sob controle", testemunhas relataram que ainda há militantes jihadistas perambulando pelas ruas da cidade do norte, entrando em confronto com forças de segurança.
Os extremistas, baseados na região rebelde e que juraram lealdade ao EI no fim de 2014, aumentaram o número de ataques depois que os militares derrubaram o presidente islamita Mohamed Morsi em julho de 2013. Desde então, pelo menos 600 policiais e membros das Forças Armadas foram mortos.
Membros da Irmandade Muçulmana mortos em Cairo
Num desenvolvimento separado, também nesta quarta-feira, autoridades de segurança disseram que nove membros da Irmandade Muçulmana, organização islâmica radical banida no Egito, foram mortos durante uma batida policial num apartamento em Cairo.
Um dos mortos é o advogado e ex-parlamentar Nasser al-Hafi. Ele havia sido sentenciado à morte à revelia por um tribunal penal no mês passado por acusações relacionadas a uma fuga de presos em massa durante o levante do país contra o ex-presidente Hosni Mubarak em 2011.
Os ataques desta quarta-feira ocorreram dois dias depois de o procurador-geral do Egito, Hisham Barakat, ter sido morto num atentado a bomba. Barakat foi o promotor responsável por levar a julgamento milhares de partidários de Mohamed Morsi – centenas deles foram condenados à morte.
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