Fonte: Novo Jornal
Um encontro com o objetivo de fomentar a exportação de produtos nordestinos vai atrair a Natal mais de 300 empresas nacionais e internacionais, em rodadas de negócios realizadas entre os dias 30 de setembro e 2 de outubro. A perspectiva do Encontro Internacional de Negócios do Nordeste (Eienne), lançado ontem (30) em Natal, é de que o evento gere mais de R$ 10 milhões em negócios no prazo de um ano. A realização é do Sebrae em parceria com a Fiern (Federação da Indústria do Estado Rio Grande do Norte) e, apesar de estar em sua 18ª edição, ocorre pela primeira vez no Estado. O objetivo do evento, explica o superintendente do Sebrae, José Ferreira de Melo Neto (Zeca Melo), é que as empresas locais encontrem compradores para o seu produto, no exterior e ampliem mercados, especialmente num momento em que o interno está consumindo menos. Ele lembra que, atualmente, o RN tem exportação muito pequena - algo em torno de 0,10% do total exportado no Brasil. “Essa é uma resposta nossa à crise. Todo mundo está vendo que ela existe, não adianta negar. O encontro é um posicionamento explícito de combate a ela”, avalia. O superintendente espera que os esforços empresariais e governamentais dupliquem ou tripliquem as exportações potiguares nos próximos cinco anos. Apesar de o foco ser regional, Zeca Melo sugere que o estado que sedia tem uma vantagem sobre os demais, pois a proximidade facilita visitas técnicas, por exemplo. Silvio Bezerra, vice-presidente da Fiern, explica que este momento de crise é o ideal para buscar mercados no exterior, por causa das taxas de câmbio. “Com o dólar e o euro mais apreciados que o real, os produtos brasileiros chegam ao exterior com preços maiscompetitivos. Estamos vivendo o que aconteceu dez anos atrás e temos que aproveitar isso”, argumenta. Para ele, o Estado pode aproveitar produtos como mel, castanha e camarão que já tiveram picos de exportação. O Eienne vai receber, na edição de 2015, sete segmentos de mercado subdivididos em áreas específicas. Ao todo, 130 empresas compradoras, do Brasil e do mundo, encontrem cerca de 200 fornecedoras nordestinas concentradas no hotel Hollyday Inn Arena, em Natal, para tratarem sobre negócios e interesses comuns. 50% das empresas estrangeiras são da América Latina e África, segundo a gerente da Unidade de Acesso a Mercados Internacionais, Maisa Pessoa. Isso ocorre, de acordo com ela, devido às facilidades geradas por acordos entre os países, como é o exemplo do Mercosul. As outras empresas vêm dos Estados Unidos e Canadá (15%), Europa (15%) e novos mercados, como o Bric’s (Brasil, Rússia Índia e China), entre outros, que representam 20%. Participarão empresas nas áreas de fruticultura, startups – aplicativos e softwares – moda (praia, fitness, íntima, biojóias e bijuterias), alimentos e bebidas (doces, geléias, cachaças, amêndoas, mel, temperos e condimentos), Saúde e Beleza (cosméticos, saneantes e perfumaria), Casa e Decoração (artigos diferenciados para decoração, cama, mesa e banho) e Turismo (hotelaria, passeios e agências). Empresas, tanto compradoras como fornecedoras continuam sendo prospectadas para o evento. Antes mesmo de participar das reuniões de negócios, as empresas nordestinas passarão por treinamento do Sebrae. “Nós estamos trabalhando com empresas que já tem condições de exportas, mas ainda não conhece bem essa área e precisa de consultoria”, explica Maisa.
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