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terça-feira, 24 de novembro de 2015

Planalto tenta evitar confronto com Cunha e paralisia da Câmara



Fonte: Reuters 

O Palácio do Planalto teme a paralisia do Congresso Nacional com a piora na situação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e a decisão da oposição de defender sua saída do cargo, e tenta convencer a bancada petista a não entrar em confronto aberto com o peemedebista para manter as votações importantes, informaram à Reuters três parlamentares do PT.
O governo tem votações difíceis pela frente e não quer arriscar uma paralisia na Câmara pela eventual incapacidade de Cunha presidir as sessões.
A primeira  delas, a mudança da meta de superávit primário, prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), para um déficit que pode chegar a 117 bilhões de reais, está prevista para a sessão do Congresso da próxima quarta-feira. Se não conseguir aprovar a mudança e fechar o ano com déficit, o governo incorre em crime de responsabilidade fiscal.
Embora as sessões do Congresso não sejam presididas por Cunha, o presidente da Câmara ainda exerce poder sobre um número significativo de parlamentares, e pode influenciar no quórum necessário para realizar sessões conjuntas de deputados e senadores e até mesmo no resultado das votações.
Depois da mudança na LDO, é preciso aprovar a prorrogação da Desvinculação das Receitas da União (DRU), que ainda está na comissão especial na Câmara, e é uma matéria importante para o esforço do governo para reequilibrar suas contas.
Na tarde desta segunda-feira, o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, reuniu parte da bancada do partido para tentar convencer os deputados que não é o momento de abrir um confronto com o presidente da Câmara, disseram as fontes.
Um grupo de petistas na Câmara resiste à orientação do Planalto de tentar ajudar Cunha nas manobras que permitiram, por exemplo, o adiamento da apreciação do relatório preliminar do deputado Fausto Pinato (PRB-SP), na semana passada, que pedia a manutenção do processo que pede a cassação de Cunha por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética da Câmara.
“Fica muito ruim para a gente parecer que estamos defendendo Cunha”, disse à Reuters um parlamentar presente ao encontro com Berzoini. “Mas não podemos ceder à essa tese da oposição que ele não tem condições de presidir. Nós temos temas importantes para votar.”  

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