Fonte: O GLOBO
A taxa de desemprego em outubro caiu para 14,3% no trimestre encerrado em outubro, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnadc), divulgada nesta terça-feira pelo IBGE. É a primeira queda no ano. Ainda assim, são mais de 14,1 milhões à procura de uma ocupação.
Em setembro, a taxa estava em 14,6%. Em relação ao trimestre encerrado em julho, a taxa subiu, com mais 931 mil desempregados.
Temporário. Número de contratos de traballho de curta duração sobem 37% de março a outubro.
O IBGE estimou que houve alta de 2,3 milhões no número de ocupados, que continua caindo quando a comparação é feita com 2019. Desde o início da pandemia, os cortes de vagas superam 10% a cada trimestre frente ao mesmo período do ano passado.
Com isso, o Brasil tem hoje pouco mais de 48% da população em idade de trabalhar empregada, mostrando o tamanho da crise no mercado de trabalho.
A informalidade que vinha caindo, reflexo da dificuldade dos trabalhadores por conta própria de exercer suas atividades com o distanciamento social, voltou a subir com o relaxamento da quarentena. Em setembro, eram 31 milhões de conta própria e sem carteira, no primeiro mês que esse indicador subiu.
Em outubro, nova alta. São 32,7 milhões na informalidade, 38,8% da mão de obra ocupada no Brasil.
A taxa de subutilização de trabalhadores, a parcela da força de trabalho que tem jornada menor do que gostaria, está desempregada ou desalentada, caiu para 29,5%.
Especialistas estimam que a taxa de desemprego deve avançar para perto de 16% na média de 2021, com os trabalhadores que perderam emprego na pandemia entrando novamente na fila por uma vaga.
O isolamento social impediu que esses desempregados voltassem ao mercado, mantendo a taxa de desemprego abaixo do que a crise indicava.
Emprego com carteira reage
O emprego com carteira assinada reagiu em outubro, começando a refletir a melhoria que o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), registro administrativo de admissões e demissões do Ministério da Economia, já vinha mostrando.
Em 2020, é a primeira vez que a Pnad capta alta no emprego formal. Foram 384 mil a mais de trabalhadores com carteira na Pnad.
Houve criação de 414,5 mil vagas com carteira assinada em novembro, de acordo com o Caged, a maior alta desde 1992, ano inicial do cadastro. Foi o quinto mês seguido em que o número de contratações com carteira assinada superou o de demissões.
Com a série de dados positivos, o saldo acumulado em 2020 ficou positivo pela primeira vez e chegou a 227.025 empregos criados ao longo do ano.
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