Segundo o comunicado final, os países dizem que o corte das importações de petróleo será realizado “de uma maneira pontual e ordenada, e de forma a dar tempo para que o mundo garanta fontes alternativas de suprimento”.
Medidas contra o setor energético russo estão entre as ferramentas mais duras para pressionar e punir o Kremlin, que se veria sem maneiras de recuperar o dinheiro perdido de seus tradicionais clientes. Contudo, ao mesmo tempo em que países como os EUA e o Reino Unido já anunciaram o bloqueio às exportações de itens como petróleo e gás, os parceiros europeus ainda relutam em apoiar a iniciativa.
Na semana passada, a União Europeia (UE) sinalizou que tomaria passos para cortar o consumo de petróleo russo, mas a tarefa não será nada simples: estima-se que a Rússia forneça cerca de um quarto de todo o produto consumido pelos países do bloco, e encontrar fornecedores de tal escala no momento em que há alta demanda global por petróleo, não é algo simples ou que possa ser feito de um dia para o outro.
Pelo plano anunciado na sexta, a UE estabeleceu um prazo até o fim do ano para que os países não comprem mais petróleo e derivados da Rússia — países que vêm se opondo a um corte repentino por dependerem fortemente da energia russa, como Hungria e Eslováquia, terão um prazo maior, até o fim de 2023, segundo fontes internas.
Já no caso do gás, que também foi banido pelos EUA, não há um consenso sobre o eventual corte dos suprimentos para a UE: em março, o bloco apresentou um plano para reduzir o uso de gás russo em dois terços até o fim do ano, e prevê ações para suspender completamente seu uso até 2030. Contudo, nações como a Hungria prometem barrar qualquer política que afete suas necessidades energéticas a curto prazo.
O Globo
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