O Brasil está investigando 16 casos da hepatite aguda infantil, doença notificada na Europa pela primeira vez em 2022 e que não corresponde a nenhum dos cinco tipos da doença conhecidos até então. Segundo o Ministério da Saúde, as suspeitas monitoradas são duas no estado do Paraná, cinco no Rio de Janeiro, seis em São Paulo, uma no Espírito Santo, uma em Santa Catarina e uma em Pernambuco. Ainda não há confirmação de que algum desses casos seja da mesma doença que acometeu crianças no Reino Unido, Irlanda, Argentina, Estados Unidos e outros países. A pasta ainda orientou os profissionais da saúde que qualquer suspeita seja notificada imediatamente e ressaltou que os órgãos responsáveis por acompanhar a situação, incluindo qualquer alteração do perfil epidemiológico são os Centros de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs) e a Rede Nacional de Vigilância Hospitalar (Renaveh). Até o momento, cerca de 200 casos foram registrados no mundo, com quatro fatalidades – três na Indonésia e uma no Reino Unido, de acordo com a OMS, e ainda não se sabe o que causa a enfermidade.
Em entrevista à Jovem Pan News, a infectologista Raquel Stucchi alertou sobre os principais sintomas. “O quadro clínico é muito parecido com outras causas de hepatite na infância: febre, febre baixa, irritabilidade, pode ter diarreia e depois o branco do olho fica amarelo, o xixi mais escuro e isso é um sinal que está tendo uma inflamação no fígado e é preciso procurar um atendimento presencial”, afirmou. Segundo a médica, a preocupação é com a quantidade de pacientes que precisaram de transplante de fígado. Ela ressalta a necessidade de uma acompanhamento para monitorar a evolução da doença. “Algumas vezes até exigindo a internação hospitalar para avaliar como evolui essa inflamação no fígado, essa hepatite. Se sozinha ela vai se curar ou se vai piorar cada vez mais com indicação do transplante de fígado. Não existe nenhuma medicação específica, porque não temos a causa da doente nesse momento”, acrescentou.
JOVEM PAN
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