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domingo, 15 de outubro de 2023

EUA enviam 2º porta-aviões a Israel para alertar Irã, que se reúne com o Hamas


 

Porta-aviões americano USS Dwight D. EisenhowerUSS | Foto: Dwight D. Eisenhower official website


O balé de sinalizações nada sutis dos atores em torno da guerra entre Israel e o Hamas teve desenvolvimentos importantes neste sábado (14).


Os Estados Unidos vão reforçar sua presença militar com um segundo porta-aviões no Mediterrâneo Oriental para apoiar a ofensiva israelense em Gaza e tentar dissuadir o Irã e seus aliados regionais a intervir no conflito. Já Teerã enviou seu chanceler para debater a crise pela primeira vez com líderes do Hamas e de outra organização terrorista, a Jihad Islâmica. Por fim, a Síria acusou Israel de atacar novamente seu aeroporto na cidade de Aleppo, no norte do país.


O anúncio americano veio no começo da noite, após a rede de TV ABC adiantar que o USS Dwight Eisenhower e seu grupo de ataque deixarão a base de Norfolk (EUA) rumo à costa israelense. É uma esquadra com um cruzador, dois destróieres, todos capazes de missões de bombardeio com mísseis e interceptação, além de navios de apoio.


É um poder de fogo enorme, ainda por cima quando somado ao do USS Gerald Ford, maior navio de guerra do mundo, que já chegou à área com escolta semelhante.


O novo grupo deverá demorar mais de três semanas, contudo, para chegar até a área de Haifa (norte de Israel). O movimento anterior foi criticado pela Rússia e pela Turquia, que o chamaram de escalatório. O presidente Vladimir Putin chegou a questionar se Washington “queria bombardear o Líbano ou o quê” com a presença do porta-aviões de propulsão nuclear.


Além disso, o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, afirmou que a Força Aérea deslocou para suas bases no Oriente Médio esquadrões de caça F-15, especializado em ataques de longa distância, F-16 e A-10, um modelo empregado para atacar tropas e blindados.


Tudo isso sinaliza um apoio maciço a Israel no caso de as coisas saírem de controle, como nas escaramuças quase diárias com o Hizbullah, milícia libanesa apoiada por Teerã que é aliada do Hamas.


Já os iranianos apostaram nos gestos políticos. O Hamas divulgou neste sábado que o seu líder político, Ismail Hanyeh, encontrou-se no Qatar com o chanceler do Irã, Amir Abdollahian. Foi a primeira reunião pública entre uma alta autoridade do país que ajuda a financiar o grupo terrorista que atacou Israel e um de seus dirigentes.


Folhapress





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