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quarta-feira, 2 de outubro de 2024

Exercícios militares simultâneos de China e EUA aumentam a instabilidade no Indo-Pacífico


 (Foto: Official U.S. Navy Page/Flickr)

Nos últimos dias, China e EUA colocaram seus navios em ação para exercícios militares simultâneos no Mar da China Meridional, onde travam uma disputa territorial indireta que envolve ainda diversas outras nações da região. FilipinasJapão, Austrália e Nova Zelândia também participaram das manobras ao lado das Forças Armadas norte-americanas, no que Beijing classificou como “perturbação” e um fator que contribui para a “instabilidade regional”. As informações são da revista Newsweek.

A China trava uma disputa particularmente tensa com as Filipinas no Mar da China Meridional, uma das regiões mais disputadas do mundo. Os dois países reivindicam grandes extensões da área, com VietnãMalásiaBrunei e Taiwan igualmente inseridos na disputa pelos ricos recursos naturais da hidrovia.

A China é acusada de avançar sobre a jurisdição territorial dos demais países construindo ilhas artificiais e plataformas de vigilância, além de incentivar a saída de navios pesqueiros para além de seu território marítimo. O objetivo dessa política é aumentar de forma gradativa a soberania chinesa no Mar da China Meridional.

Embora os EUA não tenham reivindicações territoriais na área, há décadas o governo norte-americano tem enviado navios e aeronaves da Marinha para patrulhar, com o objetivo de promover a navegação livre nas vias marítimas ​​internacionais e no espaço aéreo.

Dentro desse contexto, a Sétima frota dos EUA foi enviada para participar das recentes manobras ao lado de filipinos, japoneses, australianos e neozelandeses. Embora os exercícios tenham ocorrido dentro da Zona Econômica Exclusiva (ZEE) das Filipinas, a Chi a tem reivindicações territoriais ali e contestou a presença ocidental.

Em resposta, o Comando do Teatro de Operações do Comando Sul da China anunciou ter realizado “reconhecimento e alerta precoce, patrulhas marítimas e aéreas, além de outros exercícios de rotina e atividades de treinamento” perto da Ilha Huangyan, como Beijing chama Scarborough Shoal.

Uma arbitragem internacional em Haia, em 2016, invalidou as reivindicações de Beijing sobre Scarborough Shoal, mas a decisão não é reconhecidas pelos chineses. Assim, o país passou a construir ilhas artificiais no arquipélago, a fim de manter presença permanente por lá. Ao menos três dessas ilhas artificiais estão totalmente militarizadas, conforme apontam imagens de satélite.

“Alguns países fora da região perturbaram o Mar da China Meridional e criaram instabilidade regional”, disseram o comunicado do Exército de Libertação Popular (ELP) chinês, reiterando a reivindicação de “soberania indiscutível” sobre o atol e as águas adjacentes.

As manobras militares chineses, entretanto, foram contestadas por Manila, que tratam a alegação de Beijing como mera propaganda. “Nossas tropas não observaram nenhum exercício por perto”, disse o contra-almirante Roy Vincent Trinidad, porta-voz da Marinha filipina. “Temos que entender que às vezes a China só está fazendo esses anúncios para seu público interno para fazer parecer que eles não são fracos, porque isso poderia causar uma reação negativa em casa.”

Por sua vez, o vice-almirante Fred Kacher, chefe da Sétima Frota dos EUA, destacou a colaboração com os aliados como a razão para suas embarcações aderirem aos exercícios. “Demonstramos nosso compromisso duradouro com um Indo-Pacífico livre e aberto e desenvolvendo nossas habilidades operacionais em uma das regiões marítimas mais dinâmicas do mundo”, afirmou.

A Referência


 

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