Brigada de Defesa Aérea
Uma invasão na Venezuela causaria "algo semelhante" à guerra do Vietnã, avaliou Celso Amorim, assessor especial da Presidência da República.
“Se houvesse uma invasão, uma invasão de verdade… acho que sem dúvida veríamos algo semelhante ao Vietnã – em que escala é impossível dizer”, pontuou Amorim em entrevista ao jornal The Guardian.
A guerra do Vietnã aconteceu entre 1954 e 1975 e incluiu o envio de tropas dos Estados Unidos. O contexto do conflito inclui o fim do domínio francês do país. A parte sul gostaria de manter o alinhamento com os Estados Unidos, mas o norte visava unificar a nação sob um regime comunista.
Essa guerra foi extremamente violenta, desencadeando protestos pela paz dentro dos EUA.
Ao final do conflito, houve uma retirada dos soldados dos Estados Unidos, e os vietnamitas do sul se renderam às tropas do norte.
Amorim alerta para zona de guerra regional
Durante a entrevista, Amorim também ponderou que transformar a América do Sul em uma zona de guerra acabaria atraindo "envolvimento global".
“A última coisa que queremos é que a América do Sul se torne uma zona de guerra – e uma zona de guerra que inevitavelmente não seria apenas uma guerra entre os EUA e a Venezuela. Acabaria por ter envolvimento global e isso seria realmente lamentável”, destacou.
Em outro momento, o assessor de Lula (PT) ponderou que o Brasil não irá pressionar para que o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, renuncie ou abdique do poder.
"Se Maduro chegar à conclusão de que deixar [o poder] é a melhor coisa para ele e a melhor coisa para a Venezuela, será a sua conclusão", comentou.
A entrevista de Amorim foi realizada em um momento de grande tensão entre Estados Unidos e Venezuela.
O governo de Donald Trump acusa Maduro de liderar um cartel de drogas e tem realizado diversos ataques contra barcos na no Pacífico e no Caribe.
Além disso, Trump disse que ataques contra alvos do narcotráfico "em terra" começarão em breve -- por mais que não tenha dado detalhes de onde ocorrerão.
O regime venezuelano acusa a Casa Branca de tentar forçar a troca de comando no país e mobilizou os militares para o caso de uma invasão.
CNN
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