Em Lajes, alguns grupos parecem ter desenvolvido uma dificuldade seletiva: evitar chamar a antiga RN-129 pelo nome oficial RN Alzira Soriano.Estranho? Nem tanto. A rodovia foi totalmente restaurada, recebeu novo pavimento, nova sinalização e uma homenagem histórica. Mas, para certos críticos, isso tudo pesa menos do que o desconforto com o nome que agora está na placa.
E o motivo é simples: Alzira Soriano incomoda.
Incomoda porque foi a primeira mulher eleita prefeita do Brasil e da América Latina, em 1928, justamente em Lajes. Incomoda porque sua trajetória derruba narrativas machistas que ainda sobrevivem na política local.
E incomoda porque a gestão Felipe resgatou essa história que muitos preferiam manter apagada.
A restauração dos 25,7 km entre Lajes e Pedra Preta, concluída em 2025 pelo Governo do Estado e DNIT, não foi só obra de infraestrutura: foi o retorno de um legado que vinha sendo ignorado há anos. E isso, para alguns, dói mais do que qualquer buraco na pista.
Por que evitam o nome?
Porque admitir RN Alzira Soriano é reconhecer o pioneirismo feminino de Lajes e aceitar que a atual gestão teve coragem de trazer esse protagonismo para o centro do debate.
Mas há um detalhe: quanto mais fogem do nome, mais o nome pega.
Está na história, na documentação, na placa e cada dia mais, na boca do povo.
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