Professores de Natal rejeitam proposta da Prefeitura e greve continua na rede municipal
Os professores da rede municipal de ensino de Natal, em greve desde a última quarta-feira (22), decidiram em assembleia na manhã desta segunda (27) que vão manter a paralisação por tempo indeterminado. Os educadores votaram contra a proposta de 10% de reajuste ofertada pela Prefeitura de Natal, considerada insuficiente, e reivindicam aumento de 34%.
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte/RN), informou que 90% dos professores da aderiram à paralisação, no entanto, em nota divulgada pela assessoria de imprensa da Prefeitura esta informação foi rechaçada. “Apesar do movimento em andamento, apenas 21% da rede está totalmente em greve”, disse o informe oficial.
A principal reivindicação da categoria em greve é o reajuste salarial, que segundo os educadores está congelado a mais de dois anos. Além dos pagamentos de direitos funcionais como padrão dos educadores infantis, promoções verticais e horizontais e gratificações e melhorias nas condições estruturais das escolas.
De acordo a coordenadora geral do Sinte-RN, Fátima Cardoso, uma contraproposta da categoria deve ser protocolada até o final da tarde de hoje. Ela adiantou que os professores querem os 34% assegurados e que o valor reivindicado não é aleatório, mas previsto em lei com a soma da inflação do período sem reajuste. “Vamos acatar 10% de reajuste, mas a ser implantado em julho e o restante a ser escalonado em outros meses. Queremos a divisão dos 34% e vamos apresentar essa contraproposta ao prefeito”, disse.
O reajuste proposto pela Prefeitura prevê os 10% a ser aplicado a partir do mês de agosto, o que resultaria em um impacto de R$ 1,3 milhão mensais na folha de pagamento da secretaria municipal de Educação (SME). Além dos pagamentos dos atrasados das promoções chegam a quase R$ 3,5 milhão nos meses de novembro e dezembro deste ano, implementar a progressão funcional dos professores na folha de pagamento do mês de setembro e levar à Câmara dos Vereadores , dentro de até 60 dias, um projeto de lei para restabelecer a data base anual de reajuste.
“O reajuste proposto pela Prefeitura é maior do que o reajuste assegurado ao Piso Nacional do Magistério, que foi de 7,97% e maior do que o obtido pelos professores da rede particular de ensino, de 7,8%”, acrescenta a nota. As propostas fazem parte de um termo de compromisso discutido entre o Prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT), a secretária de Educação, Justina Iva, e os representantes dos professores na última sexta-feira (24).
Uma nova assembleia da categoria está marcada para a próximo dia 03 de junho. Fátima Cardoso diz no entanto, que até lá o Sinte está na expectativa de chegar a uma solução. “A categoria está aberta a negociações, a novas propostas”, afirma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário