fonte: O Globo
Repreendido pela presidente Dilma Rousseff, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, já admitia a pessoas próximas, na noite de sexta-feira, ter sido infeliz na escolha de algumas expressões durante a coletiva de imprensa em que anunciou as medidas de ajuste que anularam na prática a desoneração da folha de pagamento para as empresas. Na entrevista, ele classificou de “grosseira” a desoneração e afirmou que “essa brincadeira nos custa R$ 25 bilhões por ano”. A presidente Dilma Rousseff disse, neste sábado, no Uruguai que Levy foi infeliz ao usar o adjetivo.
— Usei demais de coloquialismo — comentou o ministro com assessores, em uma avaliação após a entrevista, onde ele admitiu que as frases foram ruins.
Em conversa com assessores, Levy disse acreditar que as medidas anunciadas “não são para revogar o passado e sim para construir o futuro”.
Há uma expectativa que o Ministério da Fazenda divulgue sobre as declarações do ministro, mas ainda não há confirmação.
Críticas públicas da presidente Dilma Rousseff aos seus ministros e assessores não são novidade no seu governo, nem mesmo na equipe econômica. No começo de janeiro, com apenas um dia no cargo, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, levou uma bronca da presidente e por ordem de Dilma divulgou nota em que afirmava que “a proposta de valorização do salário mínimo, a partir de 2016, seguirá a regra de reajuste atualmente vigente”.
Naquele dia, depois de ler os jornais na praia, na base naval de Aratu, na Bahia, onde descansava, a presidente ficou bastante irritada com a repercussão das declarações de Barbosa do dia anterior sobre a mudança na regra de reajuste do salário mínimo e mandou o ministro divulgar uma nota desmentindo as afirmações.
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