fonte: Agência Efe
Em uma declaração divulgada nesta quarta-feira (18/03), o grupo EI (Estado Islâmico) assumiu a autoria do ataque contra o Museu do Bardo, em Túnis, realizado nesta quarta (18/03) e que matou 23 pessoas, sendo 18 delas turistas. O ato foi descrito pelos jihadistas como "uma abençoada invasão a um dos antros de infiéis”. O grupo chamou o ato de “abençoada invasão a um dos antros de infiéis”
Três dias antes, o EI havia divulgado um vídeo “convocando” os jihadistas da Tunísia a “agirem”, como informaram agências de notícia internacionais. Ontem, a diretora do portal especializado em monitoramento de terrorismo na Internet, SITE, Rita Katz, disse que "há tempos os jihadistas pediam um ataque na Tunísia em nome do EI". Ela também ressaltou que, "se o atentado ao museu tiver relação com o EI, não nasceu do nada". De acordo com o áudio divulgado hoje, os dois responsáveis pelo ataque não foram mortos. “Esperem pelas boas novas que vão prejudicá-los, impuros, o que vocês viram hoje é a primeira gota da chuva”, ameaçaram. A mensagem foi confirmada pelo SITE.
Após o ataque, o presidente do país, Beji Caid Essebsi, prometeu combater o terrorismo “sem misericórdia” e afirmou, em pronunciamento à nação, que "os tunisianos estão em estado de guerra contra o terrorismo". O número de mortos no atentado saltou para 23, entre eles 18 turistas estrangeiros.
O mandatário também prometeu que o país não terá o sistema democrático abalado por ação do que chamou “células minoritárias e brutais”. O atentado afetou uma das principais áreas da economia tunisiana, o turismo.
Até o momento, nove pessoas foram detidas por suspeita de envolvimento. Trata-se do maior ataque ao país desde 2002, quando um atentado perpetrado por um homem-bomba da Al Qaeda matou 21 turistas estrangeiros numa sinagoga na ilha turística de Djerba. É também o episódio de maior violência na Tunísia desde os levantes que derrubaram o presidente Zine el-Abidine Ben Ali, em 2011.
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