Fonte: R7
O desemprego em seis regiões metropolitanas do País ficou estável (7,6%) em setembro em relação a agosto. As regiões pesquisadas somam 1,9 milhão de pessoas desocupadas. Já na comparação como mesmo mês do ano passado, a taxa subiu 2,7 pontos percentuais (passou de 4,9% para 7,6%), representando mais 670 mil pessoas em busca de trabalho.
A expectativa em pesquisa da Reuters era de que a taxa subisse a 7,8% segundo a mediana das projeções, que variaram de 7,5% a 8,1%. Os dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), nesta quinta-feira (22), mostram ainda que o rendimento real do trabalhador continua a cair.
O rendimento médio real habitual dos trabalhadores foi estimado em R$ 2.179,80, ficando 0,8% menor que o verificado em agosto (R$ 2.196,54) e 4,3% abaixo do apurado em setembro de 2014 (R$ 2.278,58).
A população ocupada foi estimada em 22,7 milhões para o conjunto das seis regiões, refletindo estabilidade na análise mensal e retração de 1,8% (menos 420 mil pessoas) na comparação com setembro de 2014.
O número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado (11,3 milhões) não variou na comparação mensal e, frente a setembro do ano passado, caiu 3,5% (menos 409 mil pessoas).
A massa de rendimento médio real habitual dos ocupados foi estimada em R$ 50,1 bilhões em setembro de 2015 e ficou 0,6% menor que a estimada em agosto. Na comparação anual esta estimativa recuou 6,1%.
A massa de rendimento real efetivo dos ocupados (R$ 50,3 bilhões), estimada em agosto de 2015, caiu 0,5% frente a julho e recuou 6,3% na comparação com agosto de 2014.
A Pesquisa Mensal de Emprego é realizada nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. A publicação completa da pesquisa pode ser acessada aqui.
Regiões
Regionalmente, a análise mensal mostrou que a taxa de desocupação, frente a agosto, apresentou variação estatisticamente significativa no Rio de Janeiro (aumentou de 5,1% para 6,3%) e em São Paulo (caiu de 8,1% para 7,3%).
Nas demais regiões, ficou estável. Contudo, na comparação com setembro de 2014, houve variações significativas em todas as regiões: em Recife, a taxa passou de 6,7% para 10,4 (+3,7 pp); no Rio de Janeiro, de 3,4% para 6,3% (+2,9 pp); em São Paulo de 4,5% para 7,3% (+2,8 pp); em Salvador, de 10,3% para 13,0% (+2,7 pp); em Belo Horizonte, de 3,8% para 5,9%; (+2,1 pp); e em Porto Alegre, de 4,9% para 6,3% (+1,4 pp).
O contingente de desocupados, em setembro de 2015, foi estimado em 1,9 milhão de pessoas no total das seis regiões investigadas, não registando variação frente a agosto. Na comparação com setembro de 2014, ocorreu acréscimo de 56,6% (representando mais 670 mil pessoas em busca de trabalho).
Na análise regional, o contingente de desocupados em relação a agosto aumentou 25,7% no Rio de Janeiro, caiu 10,4% em São Paulo e ficou estável nas demais regiões pesquisadas. No confronto com setembro do ano passado, a desocupação aumentou em todas as regiões, sendo o maior aumento no Rio de Janeiro (86,5%) e o menor em Salvador (25,1%).
A população ocupada em setembro de 2015 foi estimada em 22,7 milhões para o conjunto das seis regiões, refletindo um quadro de estabilidade na análise mensal. Quando comparada com setembro de 2014, essa população registrou declínio de 1,8% (menos 420 mil pessoas).
Regionalmente, a análise mensal mostrou que não houve variação significativa em nenhuma das regiões pesquisadas, exceto em Belo Horizonte, onde apresentou queda de 1,6% (menos 40 mil pessoas).
Quando se comparou com setembro de 2014, houve redução no número de ocupados em Salvador (73 mil pessoas, 3,8%), em São Paulo (239 mil pessoas, 2,5%) e em Belo Horizonte (53 mil pessoas, 2,1%). Nas demais regiões o quadro foi de estabilidade.
Na análise do contingente de ocupados por grupamentos de atividade, de agosto para setembro de 2015, foi observada estabilidade em todos os grupamentos. Frente a setembro de 2014, os grupamentos da Indústria (-4,3%) e dos Serviços prestados à empresas (-3,8%) apresentaram queda em seus contingentes.
Carteira assinada
O número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado, em setembro de 2015, foi estimado em 11,3 milhões no conjunto das seis regiões metropolitanas analisadas. Na comparação mensal, este resultado não variou.
Frente a setembro do ano passado, houve redução de 409 mil pessoas com carteira assinada (-3,5%). Regionalmente, na comparação mensal, ocorreu estabilidade em todas as regiões. Frente a setembro do ano passado, Belo Horizonte (-5,6%) e São Paulo (-3,5%) apresentaram queda.
O nível da ocupação (proporção de pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade ativa) foi estimado, em setembro de 2015, em 51,7% para o total das seis regiões, não variando significativamente frente a agosto.
No confronto com setembro do ano passado, foi observada redução de 1,5 ponto percentual. Regionalmente, na comparação mensal, foi registrada queda em Belo Horizonte (0,9 ponto percentual) e estabilidade nas demais regiões.
Frente a setembro do ano anterior, houve retração em quatro regiões: Salvador (-3,1 pp); Belo Horizonte (2,1 pp); São Paulo (-1,7 pp) e Porto Alegre (-1,3 pp). Em Recife e no Rio de Janeiro, o nível da ocupação não registrou variação estatisticamente significativa.
Na comparação mensal, rendimento real cai 0,8% em setembro
O rendimento médio real habitual dos trabalhadores foi estimado em setembro de 2015, para o conjunto das seis regiões pesquisadas, em R$ 2.179,80. Este resultado ficou 0,8% menor que o verificado em agosto (R$ 2.196,54) e 4,3% abaixo do apurado em setembro de 2014 (R$ 2.278,58).
Regionalmente, em relação a agosto, o rendimento subiu em Belo Horizonte (5,7%), Recife (1,9%) e São Paulo (0,8%); e caiu no Rio de Janeiro (-5,1%), Salvador (-3,2%) e Porto Alegre (-1,7%). Frente a setembro de 2014, o rendimento diminuiu em cinco regiões: Porto Alegre (-7,7%); Recife (-7,1%); Rio de Janeiro (-5,5%); São Paulo (-4,4%); Salvador (-1,3%). Em Belo Horizonte, o rendimento ficou estável.
Já na classificação por categorias de posição na ocupação, houve queda no rendimento médio real habitualmente recebido, na comparação com agosto de 2015, entre os empregados com carteira no setor privado (-0,5%) e conta própria (-1,6%) Em relação a setembro de 2014, houve redução para todas as categorias, sendo a mais intensa entre os empregados sem carteira no setor privado (-6,3%).
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