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O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, encaminhou ofício ao diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, para que explique a razão de o filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Luís Cláudio Lula da Silva, ter sido intimado a prestar depoimento no escândalo das supostas compras de Medida Provisória na última terça-feira, às 23 horas. Cardozo considerou o ato "fora do procedimento usual".
O ministro pediu os esclarecimentos para que avalie se irá solicitar abertura de investigação. Cardozo disse ter informado o ex-presidente Lula de que iria pedir esclarecimentos à PF "tendo em vista informações publicadas de que foi fora do procedimento usual". Investigadores sustentam que não há impedimento para que a intimação seja feita à noite.
A solicitação do ministro ocorre depois de a defesa de Luís Cláudio se queixar do procedimento da PF. Inicialmente, os agentes da PF estiveram em um endereço no município de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, que seria a residência de Luís Cláudio para intimá-lo. Depois, eles se dirigiram aos Jardins e localizaram o filho do ex-presidente no final da noite de terça-feira, 27. Nesta quinta-feira, 29, advogados de Luís Cláudio estiveram na PF e solicitaram a mudança do dia do depoimento do filho do ex-presidente.
Luís Cláudio é dono das empresas LFT Marketing Esportivo e Touchdown. Na segunda-feira, a Polícia Federal e a Receita Federal cumpriram mandados de busca e apreensão na sede dessas empresas, também localizadas nos Jardins. A Operação Zelotes passou a investigar a LFT Marketing Esportivo por ela ter recebido 2,4 milhões de reais de uma das consultorias suspeitas de fazer lobby pela edição da Medida Provisória 471, que prorrogou benefícios fiscais de montadoras de veículos.
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