Fonte: Época via RC
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Implementar a política do filho único exigiu que o governo criasse mecanismos para punir casais desviantes. Os pais que quisessem ter uma segunda criança pegavam multas pesadas, que variavam conforme a região do país – em Xangai, o valor girava em torno de US$17 mil em 2013. Além disso, burocratas do governo forçavam abortos em estágios avançados da gravidez. Em 2013, chocou o mundo a imagem de uma mãe forçada a abortar no sétimo mês de gestação.
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Demógrafos chineses também afirmam que a política teve pouca relevância para deter o avanço populacional chinês. Para eles, a prosperidade econômica – que tornou as pessoas mais esclarecidas e levou as mulheres para o mercado de trabalho – contribui mais para evitar nascimentos. Segundo o G1, pesquisas recentes mostraram que o número de chineses interessados em ter um segundo filho ficou abaixo do esperado pelas autoridades.
A política também gerou impactos econômicos. Em 2012, pela primeira vez na história, caiu a população economicamente ativa da China – com menos nascimento, e menos gente nascendo, cai o número de pessoas em idade para trabalhar no país. A taxa de natalidade chinesa é de 1,2, muito abaixo do nível de reposição, o que tem efeitos na economia, como ÉPOCA contou nessa reportagem de 2013. Há outro efeito colateral – os homens solteiros chineses não encontram mulheres para casar. Como os casais chineses preferiam meninos - recorrendo, inclusive, ao infanticídio das garotas – há muito mais homens que mulheres.
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