Fonte: Tribuna do Norte
O comandante da Companhia Independente de Policiamento de Guardas (CIPGD), major Carlos Alberto Gomes de Oliveira, evita falar em quantidade de efetivo por questão de segurança, mas confirmou, ontem, que a determinação do governador Robinson Faria para que nenhuma guarita fique sem guardas “será cumprida”. Como solução de curto prazo, o major Alberto Oliveira disse que já se reuniu com o novo comandante da Polícia Militar do Rio Grande do Norte (PM-RN), coronel Dancleiton Pereira Leite, o qual autorizou a cessão de 20 soldados que vinham realizando cursos de nivelamento no Centro de Formação de Praças (Cefap) para efeito de promoções, mas passaram a integrar o corpo da guarda dos presídios na Grande Natal.A gota d'água para o governador dar aquela ordem, foi a notícia de que, na terça-feira (19), três presos tinham fugido por um túnel da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, que terminou sendo facilitada por falta de guarda numa das guaritas.
O comandante Alberto Oliveira disse que a médio prazo, deverá ser incorporado um percentual de 20% a 30% de praças correspondentes ao efetivo atual da CIPGD, que farão jus a uma gratificação. Mas, acrescentou ele, a solução de longo prazo será a realização de concurso público para a contratação de agentes penitenciários, que, por lei, devem ser os responsáveis pela guarda externa no sistema prisional do Rio Grande do Norte.
Segundo o comandante da CIPGD, também foi feita gestão junto à Secretaria Estadual da Justiça e Cidadania a fim de que sejam realizadas obras de recuperação de guaritas, pois algumas delas não oferecem segurança e condições de trabalho para os guardas, “que se molham quando chove”, por causa de goteiras no telhado e por falta de telas de proteção.
A Companhia Independente de Policiamento de Guardas foi criada em abril de 2010, mas é responsável, apenas, pelo policiamento ostensivo de guardas na parte externa dos estabelecimentos prisionais situados na Região Metropolitana de Natal , como a Penitenciária Estadual de Alcaçuz e os presídios da Zona Norte de Natal .
Além da guarda externa dos presídios, a Companhia Independente de Guarda auxilia o sistema penitenciário na condução e escolta de presos para audiências, além de garantir a segurança dos funcionários do sistema penitenciário nas atividades de revista em estabelecimentos prisionais.
O coordenador estadual de Administração Penitenciária, Durval Franco, disse que depois da fuga ocorrida em Alcaçuz, não recebeu nenhuma informação dos diretores de presídios de que estivesse havendo problemas com a falta de guardas, como ficou acordado. Durval Franco exemplificou que das 12 guaritas de Alcaçuz, só uma está praticamente desativada, o chamado observatório, que é a torre mais alta situada na entrada da penitenciária de Nísia Floresta, porque não oferece segurança para que o guarda suba até o topo.
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