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segunda-feira, 23 de maio de 2016

Em gravação Jucá (PMDB) Quer BARRAR a Lava Jato: PALHAÇO.



Fonte: G1

Gravações obtidas pelo jornal "Folha de S.Paulo" mostram o novo ministro do Planejamento, Romero Jucá, sugerindo ao ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado um "pacto" para tentar barrar a Operação Lava Jato. As conversas ocorreram em março deste ano, mas as datas dos diálogos não foram divulgadas (leia ao final desta reportagem trechos da conversa).
Romero Jucá confirmou à TV Globo que teve a conversa com o ex-presidente da Transpetro, subsidiária da Petrobras responsável pelo transporte de combustíveis. Segundo o ministro, Sérgio Machado o procurou em sua casa.
Senador licenciado e primeiro vice-presidente do PMDB, Jucá é alvo de dois inquéritos noSupremo Tribunal Federal (STF) que investigam suspeita de que ele recebeu propina do esquema de corrupção que atuava na Petrobras.
Indicado pelo PMDB, Sérgio Machado presidiu a Transpetro entre 2003 e 2015. Ele se desligou da estatal do petróleo após denúncias de envolvimento no esquema de corrupção investigado na Lava Jato.
Machado foi citado nas delações premiadas do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do senador cassado Delcício do Amaral (sem partido-MS). O Ministério Público Federal apurou que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), teria recebido propina de contratos da Transpetro na época em que a subsidiária era presidida por Machado.
De acordo com a reportagem da "Folha", Romero Jucá sugeriu na conversa com o ex-presidente da subsidiária da Petrobras que uma "mudança" no governo federal resultaria em um pacto para "estancar a sangria" representada pela Lava Jato. O peemedebista foi um dos dos principais articuladores do impeachment da presidente Dilma Rousseff.
No diálogo divulgado pela "Folha de S.Paulo", Sérgio Machado diz ao ministro que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, queria pegar Jucá e outros parlamentares do PMDB investigados na Lava Jato.
"O Janot está a fim de pegar vocês. E acha que eu sou o caminho. Ele acha que sou o caixa de vocês", ressalta Machado em um dos trechos da conversa.
Ainda conforme a reportagem, o ex-presidente da Transpetro fez uma ameaça velada e pediu que fosse montada uma estrutura para protegê-lo.

Em outro trecho, de acordo com a "Folha de S.Paulo", Sérgio Machado voltou a dizer: "Então, eu estou preocupado com o quê? Comigo e com vocês. A gente tem que encontrar uma saída".
O ex-dirigente da Transpetro disse que novas delações na Lava Jato não deixariam "pedra sobre pedra". E Jucá concordou que o caso de Sérgio Machado não poderia ficar nas mãos do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância.
Na gravação, ainda segundo o jornal, o ex-presidente da Transpetro afirma ao então senador do PMDB que, "a solução mais fácil" era colocar Michel Temer no comando da Presidência.
Jucá concorda com o interlocutor e ressalta que somente Renan Calheiros, que, segundo ele, "não gosta de Temer", é contra a proposta de afastar Dilma do Palácio do Planalto por meio de um processo de impeachment.
"Só o Renan que está contra essa porra. Porque não gosta do Michel, porque o Michel é Eduardo Cunha. Gente, esquece o Eduardo Cunha, o Eduardo Cunha está morto, porra", diz Jucá ao ex-presidente da Transpetro.
Na sequência, Machado destaca que é preciso "botar o Michel num grande acordo nacional".
"Com o Supremo, com tudo", enfatiza o ministro.
"Com tudo, aí parava tudo", concorda Machado.
"É. Delimitava onde está, pronto", avalia Romero Jucá, sugerindo que quem já está sendo investigado continuaria alvo da Lava Jato, mas quem ainda não faz parte da apuração do esquema de corrupção ficaria blindado.
Juca também disse na gravação que havia mantido conversas com ministros do Supremo, mas ele não menciona o nome dos magistrados com os quais teria falado. Ele ressalta, entretanto, que são "poucos" os ministros da Suprema Corte aos quais ele não tem acesso.
O ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, seria um desses ministros, destacou o peemedebista, que acrescentou que Teori é "um cara fechado.
Um dos investigadores da Lava Jato, o delegado da Polícia Federal Igor Romário de Paula comentou nesta segunda-feira, em uma entrevista coletiva em Curitiba, que a corporação foi "pega de surpresa" com o teor da conversa entre Romero Jucá e Sérgio Machado.
O delegado disse que a origem do áudio deve ser apurada no foro adequado. Ele também negou qualquer interferência no trabalho da Lava Jato por conta da troca de governo. "O trabalho segue normalmente", enfatizou.
Indicado pelo PMDB, Sérgio Machado presidiu a Transpetro entre 2003 e 2015. Ele se desligou da estatal do petróleo após denúncias de envolvimento no esquema de corrupção investigado na Lava Jato.
Machado foi citado nas delações premiadas do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do senador cassado Delcício do Amaral (sem partido-MS). O Ministério Público Federal apurou que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), teria recebido propina de contratos da Transpetro na época em que a subsidiária era presidida por Machado.
De acordo com a reportagem da "Folha", Romero Jucá sugeriu na conversa com o ex-presidente da subsidiária da Petrobras que uma "mudança" no governo federal resultaria em um pacto para "estancar a sangria" representada pela Lava Jato. O peemedebista foi um dos dos principais articuladores do impeachment da presidente Dilma Rousseff.
No diálogo divulgado pela "Folha de S.Paulo", Sérgio Machado diz ao ministro que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, queria pegar Jucá e outros parlamentares do PMDB investigados na Lava Jato.
"O Janot está a fim de pegar vocês. E acha que eu sou o caminho. Ele acha que sou o caixa de vocês", ressalta Machado em um dos trechos da conversa.
Ainda conforme a reportagem, o ex-presidente da Transpetro fez uma ameaça velada e pediu que fosse montada uma estrutura para protegê-lo.

Em outro trecho, de acordo com a "Folha de S.Paulo", Sérgio Machado voltou a dizer: "Então, eu estou preocupado com o quê? Comigo e com vocês. A gente tem que encontrar uma saída".
O ex-dirigente da Transpetro disse que novas delações na Lava Jato não deixariam "pedra sobre pedra". E Jucá concordou que o caso de Sérgio Machado não poderia ficar nas mãos do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância.
Na gravação, ainda segundo o jornal, o ex-presidente da Transpetro afirma ao então senador do PMDB que, "a solução mais fácil" era colocar Michel Temer no comando da Presidência.
Jucá concorda com o interlocutor e ressalta que somente Renan Calheiros, que, segundo ele, "não gosta de Temer", é contra a proposta de afastar Dilma do Palácio do Planalto por meio de um processo de impeachment.
"Só o Renan que está contra essa porra. Porque não gosta do Michel, porque o Michel é Eduardo Cunha. Gente, esquece o Eduardo Cunha, o Eduardo Cunha está morto, porra", diz Jucá ao ex-presidente da Transpetro.
Na sequência, Machado destaca que é preciso "botar o Michel num grande acordo nacional".
"Com o Supremo, com tudo", enfatiza o ministro.
"Com tudo, aí parava tudo", concorda Machado.
"É. Delimitava onde está, pronto", avalia Romero Jucá, sugerindo que quem já está sendo investigado continuaria alvo da Lava Jato, mas quem ainda não faz parte da apuração do esquema de corrupção ficaria blindado.
Juca também disse na gravação que havia mantido conversas com ministros do Supremo, mas ele não menciona o nome dos magistrados com os quais teria falado. Ele ressalta, entretanto, que são "poucos" os ministros da Suprema Corte aos quais ele não tem acesso.
O ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, seria um desses ministros, destacou o peemedebista, que acrescentou que Teori é "um cara fechado.
Um dos investigadores da Lava Jato, o delegado da Polícia Federal Igor Romário de Paula comentou nesta segunda-feira, em uma entrevista coletiva em Curitiba, que a corporação foi "pega de surpresa" com o teor da conversa entre Romero Jucá e Sérgio Machado.
O delegado disse que a origem do áudio deve ser apurada no foro adequado. Ele também negou qualquer interferência no trabalho da Lava Jato por conta da troca de governo. "O trabalho segue normalmente", enfatizou.

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