Fonte: Euro News
Israel prendeu sem julgamento na terça-feira um ativista judeu de extrema-direita.
Esta é a primeira vez que são aplicadas a cidadãos israelitas as medidas repressivas anunciadas após o incêndio criminoso da habitação de uma família palestiniana na Cisjordânia, na semana passada.
O suspeito, Mordechai Meyer, habitante de um colonato na Cisjordânia, foi colocado em “detenção administrativa” por um período de seis meses, anunciou o ministo da Defesa Moshe Yaalon:
“Tencionamos combater o terrorismo judeu sem quaisquer compromissos. Esta é uma luta pela imagem do Estado da qual não vamos desistir. O executivo tomou algumas decisões importantes, aprovando também a minha recomendação para a adoção de medidas drásticas de detenção administrativa”.
Mordechai Meyer é acusado de “envolvimento em atividades violentas e nos ataques terroristas recentes cometidos por um grupo terrorista judeu”.
A detenção administrativa, criticada por organizações de defesa das liberdades civis, é uma medida que tem sido usada contra
centenas de palestinianos.
centenas de palestinianos.
A decisão de a aplicar a judeus foi tomada pelo Conselho de Segurança do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, após o atentado de sexta-feira na região de Nablus, que provocou a morte de uma criança de 18 meses.
O pequeno Ali Dawabcheh morreu queimado quando um grupo de homens lançou bombas incendiárias para o interior da casa da família. Os pais, Saad et Riham, e o irmão Ahmed, de quatro anos, ficaram gravemente feridos.
Dois outros ativistas judeus com ligações à extrema-direita, Meïr Ettinger e Eviatar Salonim, foram detidos esta semana. Ettinger foi preso para interrogatório mas não foi colocado em detenção administrativa.
Segundo a imprensa israelita, Meïr Ettinger faz parte da lista de extremistas mas procurados pelos serviços de segurança israelitas Shin Bet. A polícia não precisou se o jovem de 23 anos é suspeito de ligações ao atentado com bombas incendiárias que custou a vida ao bebé palestiniano.
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