Fonte: Euro News
Entrou em vigor na noite desta segunda-feira (12/09) o acordo de cessar-fogo na Síria, intermediado pela Rússia e pelos Estados Unidos. A trégua, prevista para durar sete dias, é a segunda acordada neste ano entre as duas potências e tenta pôr fim aos cinco anos de guerra civil no país do Oriente Médio. Ela começa em meio a um amplo ceticismo sobre o seu sucesso, já que a tentativa anterior fracassou.
As Forças Armadas da Síria anunciaram o início do cessar-fogo às 19h no horário local (13h em Brasília), por meio de um comunicado. O informativo detalha que o "regime de calma" permanecerá em vigor em todo o país até as 23h59 locais (17h59 em Brasília) do próximo domingo, 18 de setembro. A Rússia anunciou a suspensão dos seus ataques aéreos em todo o território da Síria, exceto nas zonas controladas pelos "grupos terroristas".
Grupos rebeldes que lutam para derrubar o regime do presidente Bashar al-Assad ainda têm de assinar formalmente o acordo, que exclui o grupo extremista "Estado Islâmico" (EI) e a Frente Fateh al-Sham (Frente para a Conquista do Levante), conhecida como Frente al-Nusra até romper sua fidelidade à Al Qaeda e mudar de nome, no mês passado.
Além do governo sírio, o Irã e o grupo radical xiita libanês Hisbolá também aceitaram a trégua. O acordo entre Moscou e Washington, assinado na última sexta-feira, será renovado a cada 48 horas e, se durar sete dias, Moscou e Washington iniciarão ataques aéreos conjuntos a forças jihadistas.
A Rússia, que apoia o regime sírio, e os Estados Unidos, aliados de grupos rebeldes moderados, esperam que a trégua possa criar as bases para se reiniciar negociações de paz na Síria, bem como contribuir para o combate de grupos extremistas, como o EI. O cessar-fogo também deve permitir a chegada de ajuda humanitária a regiões sitiadas do país.
Segundo a organização não governamental Observatório Sírio para os Direitos Humanos, a calma prevalece em quase todas as províncias sírias desde o início do cessar-fogo, nesta segunda-feira. "Não detectamos qualquer ataque desde as 19h, com exceção de bombardeios em Daraa e Quneitra", relatou o diretor da ONG, Rami Abderrahman, à agência de notícias Efe.
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