Fonte: Notícias Uol
O furacão Matthew segue em direção ao norte da Flórida e aos Estados de Geórgia e Carolina do Sul nesta sexta-feira (7), depois de ter deixado mortes e destruição no Caribe durante a semana. No Haiti, as agências oficiais governamentais registram pelo menos 842 mortos.
No sul da Flórida, uma mulher de 58 anos morreu depois de sofrer um ataque cardíaco e não conseguir receber atendimento. Ela morava em Saint Lucie, a 180 quilômetros ao norte de Miami, e não pôde ser levada a um hospital e nem receber atendimento dos serviços de emergência devido aos efeitos do furacão.
A passagem do furacão também deixou cerca de 600 mil americanos sem luz.
Na manhã desta sexta-feira, o presidente Barack Obama disse na Casa Branca que os centros populacionais do sul da Flórida tinham "escapado do pior" do furacão Matthew, mas disse que as tempestades e enchentes continuam sendo uma preocupação real. Ele se reuniu com seus assessores e foi informado sobre a evolução de Matthew pelo chefe da Agência Federal para a Gestão de Desastres (Fema, sigla em inglês), Craig Fugate.
"Ainda estamos na parte frontal" do furacão, ressaltou Obama, ao acrescentar que serão necessários "três, quatro, cinco dias" até que se possa saber onde será o último impacto do furacão.
Ele também alertou a população do norte da Flórida, cujo centro populacional é a cidade de Jacksonville, da Geórgia e da Carolina do Sul. "Acho que a maior preocupação neste momento não é apenas a força dos ventos do furacão, mas um aumento das tempestades e enchentes. Eu enfatizo que este ainda é um furacão muito perigoso", disse.
Obama pediu que os americanos seguissem sempre a orientação das autoridades e estar alerta a qualquer pedido de saída. "Se mandarem evacuar, é preciso sair. As tempestades movem muito rapidamente. A situação ainda é muito perigosa, existe potencial para enchentes intensas", disse Obama. O presidente lembrou o furacão Sandy, de 2012, que no início não parecia tão intenso e depois causou várias enchentes.
O pedido de Obama para que as pessoas respeitem o alerta das autoridades foi endossado pelos governadores da Flórida, Rick Scott, e da Carolina do Sul, Nikki Haley.
Equipe enfrenta voo turbulento no olho do furacão
HAITI
Em sua entrevista, Obama ainda pediu que os americanos ajudassem o Haiti, por meio da Cruz Vermelha ou de outras organizações humanitárias. "O Haiti é um dos países mais pobres do mundo, que tem sido atingido por vários desastres naturais, com propriedades danificadas e centenas de mortos. Qualquer pequena contribuição pode ajudar", disse Obama.
O número de pessoas mortas pelo furacão no Haiti subiu para ao menos 842 pessoas, à medida que informações foram recebidas de áreas remotas que tiveram as comunicações cortadas pela tempestade, disseram autoridades.
Com o número crescendo rapidamente, diferentes agências governamentais e comitês deram informações diferentes sobre vítimas.
A agência de defesa civil do Haiti, que demora para coletar números, disse que 271 pessoas morreram pela tempestade. Cerca de 61.500 pessoas continuam em abrigos, relatou a agência.
Ao menos três cidades relataram dezenas de mortos, incluindo a comunidade de Chantal, cujo vice-prefeito disse que 90 pessoas morreram, sem dar mais detalhes. Ao menos 89 outras pessoas estão desaparecidas, muitas delas na região de Grand'Anse, no sul do Haiti. (Com AFP, EFE e Reuters)
Imagem em 3D da NASA mostra furacão Matthew se aproximando dos EUA.
Nenhum comentário:
Postar um comentário