A qualidade e o nível de preparo dos empreendedores que estão à frente das startups do Rio Grande do Norte foram os aspectos que mais chamaram a atenção do mercado de investimentos. Os investidores e representantes de grandes corporates e fundos de venture capital, que participaram como âncoras da Rodada de Investimentos no GO!RN, mostraram-se surpresos com o nível de maturidade do ecossistema local para captação de recursos. A Rodada de Investimentos do GO!RN promoveu a aproximação entre 40 startups e 11 fundos de investimentos. Ao todo, foram realizadas 86 reuniões e há uma previsão de investimentos da ordem de R$ 3,8 milhões nas startups até março de 2024.
“Tivemos uma ótima impressão das empresas que vieram para a rodada. Acho até que vieram empresas muito bem-preparadas para uma primeira rodada, pois a maioria com quem conversamos era a primeira vez. E já vieram sabendo do modelo para captação, do tipo de contrato que seria feito. Acredito que apenas uma ou outra precisa fazer uma reavaliação da quantidade solicitada”, confirma Marco Maia, que integra o conselho da Osten Moove, uma venture studio capital, de São Paulo.
Esse é o segundo ano que a empresa participa do evento, dessa vez com a expectativa de identificar startups para receber investimentos. Segundo Marco Maia, não houve uma concretização de uma parceria durante a rodada, no entanto, a investidora está de olho em pelo menos dois empreendimentos locais para fornecer apoio ao desenvolvimento desses negócios.
“Achei que o evento está muito bonito, muito organizado, e gostei também das empresas que se reuniram aqui conosco, Tudo deu uma evoluída muito boa. A gente achou que eles estão muito perto. Há uma outra empresa deveria ter participado da rodada, mas não veio porque ela está super atarefada. Porém, a gente está conversando para ver se há algum avanço”.
Critério de seleção
Sobre os critérios usados para a seleção das startups, ele informa que a Osten Moove busca empreendimentos em estágios iniciais para que possa desenvolver junto. “A gente entende que faz parte do investimento em inovação participar junto com as startups do melhor modelo. Não queremos só investir por investir, mas investir para que elas cresçam. É importante entender bem o negócio para construirmos juntos. Por isso que demora um certo tempo. Nós acreditamos que investir naquelas startups que estejam realmente em estágio inicial, Como a maioria que esteve presente na rodada, é um formato que pode contribuir para mais empreendedorismo mais inovação no país, principalmente no Nordeste”, revela Marco Maia.
Outro investidor que percebeu o alto nível das startups do Rio Grande do Norte, foi WOW Aceleradora, que está entre os correalizadores e já direcionou investimentos para duas startups potiguares. A perspectiva de contemplar mais duas potiguares.
“O nível das startups e está muito bom, algumas até acima do que buscamos, que são startups que estão iniciando mesmo. Investimos até R$ 500 mil e algumas precisam de um valor superior”, explicou Jaime Wagner, representante da aceleradora, que já contempla em sua carteira de investimentos seis startups do Rio Grande do Norte.
A aceleradora mantém um programa de aceleração de novos negócios para receberem um lote de investimentos, o Bet, e duas startups que participam desse processo são do estado. “A cada quatro meses, a gente faz um processo de seleção onde entram cerca de 300 startups. São quatro etapas, desde a análise de formulário até a apresentação para todos os investidores do fundo. Só então selecionamos cinco startups daquelas 300 que entraram na seleção a cada 4 meses. Tenho certeza de que pelo menos mais uma ou duas daqui serão selecionadas nesse projeto”, prevê Jaime Wagner.
BG
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