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terça-feira, 19 de dezembro de 2023

Novas regras para fabricação de geladeiras podem aumentar preço


 foto: Magnus Nascimento

O preço das geladeiras poderá ter um aumento nos próximos meses. No último dia 8 de dezembro, o Governo Federal publicou uma resolução que aprova o novo Programa de Metas para Refrigeradores e Congeladores de uso doméstico. No entanto, a nova regra pode aumentar de forma significativa o valor das geladeiras e retirar modelos mais baratos do mercado.


De acordo com o governo, a medida pretende trazer mais economia na conta de energia elétrica. Segundo o Ministério de Minas e Energia, a iniciativa também visa atrair investimentos para o setor industrial brasileiro.
No entanto, Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) prevê um “aumento abrupto” nos preços, especialmente para a população de renda mais baixa.


A mudança estabelecida pelo Ministério passará a exigir, a partir de 31 de dezembro, nível de eficiência energética a partir de 85,5%.


“Esta resolução traz um grande avanço nos esforços do país para a transição energética. Estamos nos alinhando às melhores práticas internacionais em termos de eficiência energética”, destacou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.


Especialistas da Eletros acreditam que refrigeradores mais “baratos” do mercado, que hoje custam em torno de R$ 1.500 vão desaparecer. A Associação estima que 83% dos refrigeradores atualmente vendidos serão eliminados com os novos índices de eficiência.


No comércio do Alecrim, contudo, a nova regra ainda não é conhecida. O gerente de uma grande loja de eletrodomésticos, Jessé Dimas Cabral, afirma não conhecer ainda o conteúdo da resolução do Ministério.
“No momento atual, nós vemos que as vendas de linha branca vêm crescendo, pode ser que com o aumento dessa alíquota dê uma travada no mercado e a gente sofra um pouco mais”, afirma.


O gerente acredita que, ocorrendo o aumento do preço dos refrigeradores, as empresas irão se movimentar para criar novas alternativas de crédito para atingir maiores clientes.


De acordo com a Eletros, o valor médio de uma geladeira pode passar a variar entre R$ 5.280 e R$ 7.920. Hoje, uma geladeira frost-free básica é encontrada na faixa de R$ 1.800 em lojas de varejo on-line. No comércio popular os preços variam, Jessé afirma que hoje o modelo mais vendido de sua loja, custa em média R$ 2.999.


O gerente afirma também que espera que a medida não afete imediatamente o comércio, já que no início do ano geralmente ocorrem os “saldões”, quando as empresas procuram renovar o estoque ou vender o que sobrou da “Black Friday”.


“Geladeira linha branca {frost free] é um carro chefe aqui da nossa loja, principalmente aqui no bairro do Alecrim, que são mais famílias que buscam um centro comercial, com preço melhor”, afirma Jessé.


O comerciante teme que, caso o valor se torne muito alto, haja perda significativa de lucro. “Pode ser que a gente tenha perda si, com o produto subindo e o crédito escasso, pode ser que ocorra uma trava financeira e atrapalhe a gente”, diz.


A aposentada Ana Santos também afirmou que desconhece a nova regra. Segundo ela, se os preços aumentarem ela irá desistir de procurar um novo refrigerador.

Consumidor não precisa comprar refrigerador novo
O governo esclareceu que os brasileiros que têm refrigeradores em casa em ótimo estado de funcionamento não precisam comprar um novo para estar de acordo com a resolução publicada. A medida gera obrigações e estabelece datas-limite apenas para os fabricantes, importadores e comercializadores dos equipamentos.
A ideia é retirar de circulação os aparelhos que não se adequem, mas de forma gradativa.
TRIBUNA DO NORTE





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