(Foto: WikiCommons)
O Comando de Defesa Aeroespacial Norte-Americano (NORAD), das Forças Armadas dos EUA e do Canadá, interceptou dois bombardeiros russos e dois chineses que voavam próximos ao Alasca na quarta-feira (24). O episódio marca a primeira vez em que os dois países operam em conjunto na área, conforme relato de uma autoridade de defesa. As informações são da rede CNN.
O NORAD informou que bombardeiros russos TU-95 Bear e chineses H-6 foram interceptados enquanto voavam na Zona de Identificação de Defesa Aérea (ADIZ) do Alasca, “permanecendo no espaço aéreo internacional e sem representar ameaça, sem invadir o espaço aéreo soberano dos EUA ou do Canadá”.
Jatos de caça F-16 e F-35 dos EUA, juntamente com jatos CF-18 canadenses, realizaram a interceptação, com o apoio de outras aeronaves, conforme relatado por um oficial de defesa.
O espaço aéreo e as águas territoriais dos EUA se estendem por 12 milhas náuticas (aproximadamente 22 quilômetros) a partir da costa, enquanto a ADIZ se estende por 150 milhas da costa (cerca de 277km), onde as aeronaves são obrigadas a se identificar.
Não é raro que bombardeiros russos que voam pela ADIZ sejam interceptados, como ocorreu em fevereiro e março.
O NORAD destacou que o voo “não é considerado uma ameaça” e que continuará monitorando atividades próximas à América do Norte “e respondendo à presença com presença”.
O voo conjunto russo e chinês demonstra o fortalecimento dos laços militares entre as duas nações.
Nesta quinta-feira (25), o Ministério da Defesa chinês anunciou que a China e a Rússia realizaram uma “patrulha aérea estratégica conjunta no espaço aéreo do Mar de Bering” como parte de um plano de cooperação anual. Zhang Xiaogang, porta-voz da pasta, afirmou que essa foi a oitava patrulha desde 2019, com o objetivo de testar e aprimorar a cooperação entre as forças aéreas dos dois países, além de fortalecer a confiança estratégica e a cooperação prática.
No início desta semana, um alto funcionário do Departamento de Defesa apontou o crescente interesse militar de Beijing na região do Ártico e sua cooperação com Moscou. A China se vê como um Estado “quase Ártico” e tem se esforçado para aumentar sua presença no extremo norte, incluindo sua colaboração com a Rússia.
O Ártico vem se tornando um ponto importante da aliança entre os países, que cada vez mais exploram as riquezas minerais da região e a utilizam para fins comerciais e militares.
Enquanto isso, o Pentágono apresentou sua mais recente estratégia para o Ártico, que abrange quatro áreas principais: segurança, mudanças climáticas e proteção ambiental, desenvolvimento econômico sustentável e cooperação internacional.
A Referência
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