O aumento de aproximadamente R$ 1 que deixará o valor do garrafão de 20L mais caro é motivado por um reajuste de tributos estaduais. A alteração entra em vigor a partir de 1º de setembro. A informação foi confirmada pelo Daniel Penteado, executivo do Sindicato das Indústrias de Cervejas, Refrigerantes, Águas Minerais e Bebidas em geral do Rio Grande do Norte (Sicramirn), em entrevista ao Tribuna Livre, da Jovem Pan News Natal (93,5 FM).
O executivo do sindicato explicou que uma das principais razoes pelo aumento do valor do garrafão de água foi o reajuste dos tributos estaduais. “O reajuste dos tributos estaduais, que passa a vigorar a partir de 1º de setembro para todas as embalagens circulantes, tanto de águas minerais quanto de águas adicionadas de sais do nosso Estado. Leia-se, copinho, a garrafinha descartável, um litro e meio, cinco litros e, sobretudo, o garrafão de vinte litros, que é o meio pelo qual a água chega à mesa da população potiguar”, explicou Penteado.
De acordo com o representando do Sicramirn, todas as indústrias são impactadas pelo aumento dos insumos, o que é especialmente relevante no caso da indústria de água, que depende de materiais plásticos como garrafões, tampas e rótulos. Penteado explicou que esses insumos são derivados de resinas, cujo preço está diretamente relacionado ao valor do petróleo no mercado internacional. Com o aumento dessas resinas, o custo de aquisição desses produtos também cresce, o que afeta toda a cadeia produtiva.
O executivo do sindicado ainda afirma que para manter cerca de 10 mil empregos diretos e indiretos no setor de venda de água no Rio Grande do Norte, desde produtores até pequenos comerciantes, o reajuste de preços tornou-se necessário, refletindo tanto o aumento dos tributos quanto o dos insumos. “Ninguém quer um reajuste, então assim, a gente sabe dos impactos decorrentes desse aumento para toda a cadeia produtiva, para a sociedade principalmente, para o consumidor, sobretudo daqueles bairros de menor poder aquisitivo ou aquele consumidor que tem uma família, um negócio, uma empresa que ingere muita água”, ressaltou Penteado.
Além disso, o aumento percentual pode variar entre 10% a 20%, dependendo do valor praticado por cada marca, e se estende para toda a cadeia produtiva. No entanto, Daniel Penteado esclarece que essa alteração no valor final varia de comerciante para comerciante e que não cabe ao sindicato regular preços. “Não cabe ao sindicato regular preço, isso tem que ficar muito claro. Porque é livre comércio e nós residentes da Grande Natal, do Rio Grande do Norte em geral, sabemos que existem águas que o população consegue encontrar abaixo de 7, 8 reais até o consumidor final. E tem água de 12, 15 reais, respeitados os custos individuais de cada indústria os custos de transporte, os custos de a mão de obra, o salário mínimo aumentou também. Então, as empresas assumiram esse reajuste da mão de obra, assim como vem assumindo esse reajuste dos insumos”, explicou o representante do sindicato.
Penteado ainda ressaltou que atualmente há 38 indústrias entre águas minerais adicionadas de sais no Rio Grande do Norte. Em relação a proposta de reajuste, o executivo do Sicramirn explicou que a Secretaria de Tributação do RN negociou os novos valores. “A Secretaria de Tributação adiou esse reajuste em anos sucessivos, entendendo a importância do produto na cesta básica, entre aspas, ele não faz parte da cesta básica, mas ele faz parte da mesa da população […] Esse reajuste foi negociado, a secretaria ainda nos chamou pra mesa, conversou, nós debatemos os limites possíveis, mas está posto”, esclareceu Daniel Penteado.
Tribuna Do Norte
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