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sexta-feira, 23 de agosto de 2024

Análise: posse no STJ zera representação feminina na mesa da solenidade


 Quando a ministra Maria Thereza de Assis Moura passou o cargo de presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) ao ministro Herman Benjamin, a mesa principal da solenidade passou a ser 100% formada por homens.

À esquerda de Benjamin, que ficará à frente do STJ até 2026, estavam o procurador-geral da República, Paulo Gonet; o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


À direita, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, o da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) e o da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Beto Simonetti.

Maria Thereza se juntou à ministra Cármen Lúcia na plateia – lá também as mulheres eram poucas.

Não é de hoje que a falta de mulheres na cúpula do poder chama a atenção. Cármen era a única, por exemplo, na reunião entre os representantes dos Três Poderes para discutir o futuro das emendas parlamentares.


Segundo a jornalista Carolina Brígido, os 15 homens já estavam reunidos na sala da presidência do Supremo quando a ministra – a única mulher convidada – chegou à antessala: “Vim atrapalhar o clube do Bolinha”, anunciou.

Esse não era o cenário de seis anos atrás, quando mulheres chefiavam, simultaneamente, cinco órgãos do Poder Judiciário e do Ministério Público – a começar pela própria Cármen, que à época presidia o Supremo.

Em 2018, a ministra Rosa Weber era presidente do TSE; Raquel Dodge era a procuradora-geral da República; a advogada-geral da União era Grace Mendonça e a presidente do STJ, a ministra Laurita Vaz.


CNN





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