O centrão, esse verdadeiro câncer que corroeu a administração pública no Brasil, começa a sentir os efeitos da faxina de Lula no Rio Grande do Norte. O primeiro a despencar foi Lindberg Natal Barbosa, empresário e presidente do Clube de Tiro de Natal, cunhado do presidente da Assembleia Ezequiel Ferreira (PSDB), indicado pelo deputado Benes Leocádio (UB) para a superintendência da Codevasf. Agora, está fora do cargo.
Lindberg encarna o modelo mais clássico e degradante do centrão: nomeações baseadas em parentesco e conveniência política, sem qualquer critério técnico ou compromisso com o interesse público. Sua nomeação derrotou a do ex-prefeito de Assu, Ivan Junior, que, criticou publicamente Lula e acabou sendo “recompensado” com o cargo de chefe de gabinete de Benes — um escárnio que escancara a lógica do centrão: poder pelo poder.
A faxina não é simbólica. É técnica e estratégica. Lula mira justamente os indicados que se mostram incapazes de lealdade nas votações de interesse nacional — de taxação de bets, bancos e bilionários a políticas essenciais de combate à desigualdade. O DNOCS, sob João Maia (PP), e a Codern, com apadrinhados de Álvaro Dias, ainda exibem a velha prática: cargos como moeda de troca, famílias e grupos mantendo privilégios às custas da população.
O recado é cortante: o centrão no RN já não pode mais usar cargos públicos como refúgio para interesses privados e laços familiares. Quem ignorar critérios de competência e lealdade política, cai. E a faxina de Lula só começou.
Com informações da Agência Saiba Mais.
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