Vicente Estevam
repórter
Sob um sol muito forte, Globo e Baraúnas realizaram o primeiro jogo da final da Copa FNF e a situação das equipes permanece a mesma para o jogo da volta. O empate por 0 a 0 chegou a ser encarado como um bom resultado pelo time visitante. Mas além de um péssimo resultado para o rubro-negro de Ceará-Mirim, o computo geral foi bastante preocupante para o treinador Higor César, que não sabe se terá condições de contar com o atacante Romarinho, por ter deixado o campo contundido ainda no primeiro tempo, mais Ramon e Jozicley, expulsos. Quem vencer a partida de volta será o campeão, o empate levará a decisão para os pênaltis.
A partida realizada num horário não habitual para o futebol no RN, fez com que o nível técnico fosse deixado de lado. Pesou mais o preparo físico e a disposição dos jogadores em campo. Tanto que no primeiro tempo interior foram poucos os momentos de emoção.
Apesar de tentar se aproveitar do fator casa e rondar a área mossoroense algumas vezes, o Globo não conseguiu fazer o goleiro Érico trabalhar. No máximo deu alguns sustos, sendo que o maior deles ocorreu praticamente no último lance da etapa inicial, quando Ricardo Lopes bateu falta erguendo a bola na área, o zagueiro Marcelo subiu livre de marcação, mas atrapalhado pelo arqueiro tricolor não conseguiu direcionar a bola para o fundo da rede. No mais, apesar de ter jogadores rápidos na parte ofensiva, o rubro-negro pecou sempre no último passe e nas tentativas de conclusão.
O Baraúnas procurava cadenciar o desenrolar do jogo, tanto que a partir dos 20 minutos passou a ter o domínio da situação dentro de campo e passou a ameaçar mais o gol defendido por Rafael. O goleiro de Ceará Mirim, quase foi traído pelo efeito do vento na bola aos 19 minutos, num daqueles chutes despretensiosos, que ganhou força e quase encobriu o camisa um, obrigado a se esticar todo para não acabar surpreendido. O time criou outras duas jogadas de perigo, numa delas da Silva ganhou a bola de Ramon entrou na área, foi precioso ao dar um toque por cobertura e acabou errando o alvo.
O calor no estádio era tão grande que um torcedor passou mal na arquibancada, foi socorrido e teve de ser removido para o hospital da cidade. Os artigos mais preciosos no Barrettão eram as sombras e os vendedores de água mineral.
Como a única ambulância existente no estádio saiu para remover o torcedor que passou mal, o arbitro Emanuel Eduardo Marinho se negou a reiniciar o confronto, enquanto uma nova UTI não chegasse. O resultado disso foi o retardo de 30 minutos, tornando a situação devido ao clima, ainda pior no campo de jogo.
A situação que já era complicada ficou pior para o Globo quando Ramon recebeu cartão vermelho logo aos 6 minutos da etapa complementar. Mesmo com um a menos, mas ciente de que necessitava de uma vantagem mínima para disputar o jogo da volta em Mossoró, o rubro-negro foi para frente e aos 18 minutos, só não abriu o placar com Ricardo Lopes porque o goleiro mossoroense fez milagre, defendendo um chute certeiro.
Sem conseguir tirar proveito da inferioridade numérica do Globo, o Baraúnas manteve o seu futebol burocrático deixando para subir apenas na boa. Até os 30 minutos, o único lance de perigo dos mossoroenses foi uma cabeçada de Douglas, após a cobrança de um escanteio que encobriu o travessão.
Aos 35 minutos, Alan recebeu lançamento de Da Silva, ganhou na velocidade do defensor e na disputa de bola com o goleiro Rafael caiu, o juiz entendeu o lance como simulação e puniu o atacante do Barú com cartão amarelo. Depois disso apesar de muita disposição demonstrada de parte a parte, não ocorreu mas lances de perigo. Houve tempo mesmo apenas para Jozicley fazer uma falta Alan, receber o segundo amarelo seguido do vermelho e se transformar em mais um problema para o treinador Higor César para o jogo da volta, na próxima quinta-feira no estádio Nogueirão.
Ficha
Globo: Rafael, Geovane, Marcelo, Robson e Mercinho; Ramon, Jozicley, Ricardo Lopes e Didi (Zé Maria); Delany (Odair) e Romarinho (Miller). Técnico: Higor César.
Baraúnas: Érico, Victor (Reginaldo), Pedroza (Anderson Sobral), Nildo e Renatinho Carioca; Batata, Gleíson, Da Silva e Vaninho (Douglas); Kaká e Alan. Técnico: Joel Cornelli.
Árbitro: Emanuel Eduardo Marinho.
Público: 1.979 pagantes
Renda: R$ 17.430,00
Estádio: Barrettão
FONTE: TRIBUNA DO NORTE
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