fonte: bbc
Ao menos 11 mulheres morreram após se submeterem a esterilizações durante uma campanha promovida pelo governo em Chhattisgarth, no centro da Índia.
Outras 50 estão foram parar no hospital local, no distrito de Bilaspur, sendo que ao menos 20 se encontram em estado grave.
Autoridades locais negam que houve negligência, mas quatro funcionários da área de saúde foram suspensos.
Campanhas de esterilização em massa são promovidas pelo governo indiano para tentar reduzir a população do país, que chega a 1,3 bilhão de habitantes e pode ultrapassar a da China em 2030.
A maioria dessas cirurgias é feita em mulheres – muitas delas são pobres e não poderiam pagar por uma laqueadura.
Segundo moradores, foram realizadas laqueaduras em 83 mulheres (entre 26 e 40 anos) em apenas seis horas. Apenas um médico e um assistente faziam as cirurgias. Leia mais: Investigação revela história secreta de esterilização de latinos nos Estados Unidos
'Condições horrendas'
As mulheres começaram a reclamar de dor e febre logo após serem operadas. Um parente de uma das mulheres disse que as condições na clínica eram "horrendas" e que não havia infraestrutura.
Investigações preliminares mostraram que as mortes foram causadas por infecção ou por hemorragia, de acordo com o vice-diretor de Saúde Amar Singh.
Correspondentes da BBC na Índia disseram que as vítimas eram de famílias muito pobres.
A decisão de se submeter a uma esterilização é voluntária, mas em alguns casos as mulheres são pressionadas pelos funcionários do governo.
Há relatos de que funcionários em Bilaspur receberam o equivalente a R$ 80 por cada paciente que levavam à clínica.
Esterilizações malfeitas não são novidade na Índia.
Em janeiro de 2012, três homens foram presos no estado de Bihar por operarem 53 mulheres em duas horas. Eles faziam as cirurgias em um campo e sem o uso de anestesia.
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