Fonte: Gazeta do Oeste
Com o objetivo de evitar a crise geral de desabastecimento hídrico nos municípios de Currais Novos e Acari, que se deu em decorrência da exaustão do Açude Dourado e da redução de volume de armazenamento do Açude Gargalheiras, Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) em parceria com a Companhia de Água e Esgoto do Rio Grande do Norte (CAERN) está implantando uma adutora emergencial para reforçar o sistema adutor Serra de Santana. A obra consiste na construção de uma adutora de 64,80 litros por segundo e atualmente possui 12% dos serviços realizados, a exemplo do modelo já implantado com sucesso no próprio Rio Grande do Norte (Sistema Adutor Emergencial de Pau dos Ferros e de Jucurutu).
Segundo o Dnocs, a solução foi encontrada após análises de especialistas da área de saneamento ambiental, bem como do estudo de caso realizado pelas autoridades de diversas esferas institucionais. Além de ser realizada de forma rápida e eficiente, a construção do Sistema Adutor Emergencial também apresenta um menor custo beneficio.
Segundo o diretor-geral do departamento, Walter Gomes de Sousa, “essa tecnologia de adutoras não se trata de uma inovação, ao contrário, vem sendo a solução considerada mais adequada para problemas que têm caráter emergencial e provisório”, que visa minimizar os efeitos do desabastecimento de água potável de um significativo contingente populacional, da ordem de 47.000 pessoas, que atualmente residem nas sedes urbanas dos respectivos municípios.
RESERVATÓRIOS
Os efeitos da escassez preocupam a população do Rio Grande do Norte. Na terça-feira passada, 18, o Dnocs informou que o volume máximo de acumulação de água nos reservatórios públicos construídos e monitorados pelo departamento no RN, com volume superior a 2.000.000 metros cúbicos (m³), era de aproximadamente 3.149.142.000m³, segundo informações do Serviço de Monitoramento da coordenadoria estadual do órgão naquele Estado. De acordo com o Dnocs, os principais reservatórios se encontram atualmente com volumes muito baixos, caracterizando situação preocupante, estando alguns no chamado volume morto.
Na ocasião, o Dnocs destacou que o Açude Armando Ribeiro Gonçalves – o maior do departamento no RN, com capacidade de acumular 2,4 bilhões de m³ – estava com, apenas, 636.508.000m³ ou 26,52% de sua capacidade total. O Poço Branco, que tem capacidade de acumular 135.163.000m³, estava com 32.412.000m³, equivalente a 22,5% e o Mendubim, que capaz de acumular 76.349.000m³, estava com 16.002.000m³, ou 20,96% de seu total.
Na semana passada, o Dnocs ainda explicou que em situações mais preocupantes se encontram alguns reservatórios que são fontes hídricas também de projetos de irrigação. “O Sabugi, com capacidade de acumular 65.335.000m³, está com 6.036.000 ou 9,24%; e o Itans, cuja capacidade é de 81.750.000m³, se encontra com 5.160.000m³, correspondendo a 6,3%. Situações mais drásticas ainda se encontram os açudes Marechal Dutra e Pau dos Ferros, que estão em situação de volume morto, acumulando apenas 0,41% e 0,33% de suas capacidades, respectivamente”, destacou o Dnocs.
RODÍZIO
No dia 17 deste mês, a Caern anunciou a inclusão de mais municípios no sistema de rodízio de abastecimento de água. “Em virtude do baixo volume de água no sistema Coremas/Mãe D’água e a necessidade de prolongar por mais tempo o abastecimento humano nas cidades do Seridó, a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte está implantando rodízio nas cidades de Jardim de Piranhas, São Fernando e Timbaúba dos Batistas. A captação de água da companhia depende da abertura das comportas do rio Coremas, na Paraíba, controlada pela Agência Nacional de Águas (ANA)”, informou a assessoria de comunicação da Caern. Na oportunidade, a empresa salientou que o rodízio não tinha previsão para terminar porque dependia das chuvas na região.
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