Fonte: Reuters
BRASÍLIA (Reuters) - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou em sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado nesta quarta-feira que “jamais” viu esquema de corrupção como o investigado na PetrobrasPETR4.SA envolvendo empresas e políticos.
Janot, que responde a perguntas dos senadores para depois ter a sua recondução ao cargo analisada pela CCJ e pelo plenário do Senado, disse ainda que justamente pela dimensão do esquema é que a investigação é conduzida com muita seriedade.
“A Petrobras foi e é alvo de um mega esquema de corrupção, um enorme esquema de corrupção”, disse a senadores, “Jamais vi algo precedente”, acrescentou.
“Esse mega esquema de corrupção chegou a roubar nosso orgulho.”
A Petrobras é investigada por esquema de corrupção que envolvia cobrança de propinas e formação de cartel e teria beneficiado empresas e políticos, entre outros.
Ao ser questionado pelo senador Alvaro Dias (PSDB-PR) se havia firmado um “acordão”, envolvendo a presidente Dilma Rousseff para beneficiar uns em detrimento de outros, o procurador-geral negou e usou de ironia ao dizer que, ainda que quisesse firmar um acordão, teria antes de “combinar com os russos”, referindo-se às demais autoridades que conduzem as investigações.
“Isso é uma ilação impossível.”
No caso das investigações da Lava Jato, Janot já ofereceu denúncias ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-AL), o senador Fernando Collor (PTB-AL), e ainda contra a ex-deputada federal Solange Almeida, atualmente prefeita de Rio Bonito (RJ) pelo PMDB.
(Por Maria Carolina Marcello)
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