Fonte: Congresso em foco
Informações veiculadas na imprensa dão conta de que a presidenta Dilma Rousseff demitiu por telefone o ministro da Saúde, Arthur Chioro, na manhã desta terça-feira (29). A informação foi veiculada em primeira mão peloblog do colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo, e ganhou ampla repercussão em nível nacional. Com o telefonema, Dilma repete o ex-presidente Lula: em 2004, o cacique petista exonerou com uma ligação o então ministro da Educação, Cristovam Buarque, atual senador pelo PDT do Distrito Federal. Naquela ocasião, Cristovam estava de férias em Portugal.
“Dilma Rousseff telefonou hoje pela manhã para o ministro da Saúde, Arthur Chioro. Foram apenas dois minutos de telefonema para informar que o tempo dele no governo havia acabado. Não disse nem muito obrigada. A rádio corredor diz que a cadeira será ocupada por Marcelo Castro, do PMDB”, diz a nota no blog do colunista, assinada por Ana Cláudia Guimarães.
Segundo o site do jornal Folha de S.Paulo, Dilma aproveitou a “conversa fria” para informar Chioro sobre o tempo que lhe resta no ministério – até a próxima quinta-feira (1º), quando deve ser anunciada pelo governo a nova composição da equipe ministerial. Ainda segundo o jornal paulista, a petista ficou irritada com declarações de Chioro a jornalistas e diante da suspeita de que o ministro articula, junto a profissionais da saúde, para se manter no posto.
Na semana passada, Chioro reuniu sua equipe para falar sobre sua exoneração. No mesmo dia, o Planalto já havia comunicado ao ministro que ele sairia da pasta para ampliar o espaço do PMDB na Esplanada dos Ministérios. Como este site mostrou na última quarta-feira (23), o deputado Manoel Júnior (PMDB-PB), um dos cotados para a Saúde, diz estar “pronto para assumir” – embora o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI) seja citado como favorito pela coluna de Ancelmo Gois, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), opõe-se à sua indicação. Castro é formado em Medicina e especializado em Psiquiatria.
A assessoria de imprensa do ministério disse à reportagem que, por enquanto, nenhuma informação oficial pode ser repassada. Um assessor da pasta admitiu que a comunicação da pasta só tomou conhecimento do assunto por meio da nota veiculada pelo jornal fluminense.
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