Fonte: DW
O governo da Turquia afirmou nesta segunda-feira (05/10) que uma aeronave militar russa, que violou seu espaço aéreo no fim de semana, foi interceptada próxima à fronteira com a Síria, sendo escoltada por jatos turcos.
O Exército turco relatou que dois de seus caças também foram perseguidos por uma aeronave identificada como sendo um MIG-29, de fabricação russa.
A Turquia, que é membro da Otan, afirmou estar pronta para ativar as regras de empenhamento – que põem as Forças Armadas em prontidão para possíveis combates –, caso aeronaves russas voltem a invadir seu território.
"Nossas regras de empenhamento são claras, não importa quem viole nosso espaço aéreo", afirmou o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu. Ele, porém, minimizou uma possível crise entre os dois países, ao dizer que os canais com a Rússia "continuam abertos".
Davutoglu disse que Moscou reconheceu que teria violado "por engano" o espaço aéreo turco. O ministro do Exterior, Feridun Sinirlioglu, entrou em contato com seu homólogo russo, Sergei Lavrov, pedindo que tais incidentes não se repitam.
Há suspeitas de que a aeronave russa estaria sendo utilizada nos ataques aéreos promovidos pela Rússia na Síria , que, segundo Moscou, visam combater forças do "Estado Islâmico" (EI) e outros grupos islamistas de oposição ao regime do presidente Bashar al-Assad.
Entretanto, o Ministério da Defesa russo diz que utiliza aeronaves Sukhoi nas missões de bombardeio. Os MIG-29 também são utilizados pela Força Aérea da Síria.
O Ministério turco do Exterior afirmou em comunicado que Ancara convocou o embaixador russo para explicar invasão aérea e alertou que, em caso de futuras violações, Moscou será responsabilizada por "incidentes indesejáveis que venham a ocorrer".
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