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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Kerry afirma que acordo para cessar-fogo na Síria está próximo



Fonte: Reuters

AMMAN - O Secretário de Estado americano, John Kerry, afirmou neste domingo foi alcançado um acordo provisório com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, para uma suspensão das hostilidades na Síria e que um cessar-fogo definitivo está mais próximo do que nunca.
Kerry, no entanto, apontou que ainda existem temas para serem resolvidos e ele não espera nenhuma mudança imediata na situação do país. Em Homs, dois carros-bomba explodiram neste domingo, matando 46 pessoas, e outras explosões atingiram partes da capital síria, Damasco.
Ataques aéreos lançados pela Rússia em setembro contra rebeldes contrários ao presidente Bashar al-Assad aumentaram a destruição na Síria, onde uma guerra civil de cinco anos já matou mais de 250 mil pessoas.
Assad afirmou no último sábado que estaria pronto para um cessar-fogo na condição de que terroristas não usasse uma diminuição nas batalhas para tirar vantagem e que os países que tem apoiado os rebeldes parassem de lhes dar suporte.
Antes, a oposição síria afirmou que concordaria com uma trégua temporária, desde que os aliados de Damasco, incluindo a Rússia, parassem com os ataques, que cercos fossem levantados e fosse permitida a distribuição de alimentos e medicamentos em todo o país.
"Atingimos um acordo provisório, em princípio nos termos de uma interrupção de hostilidades que poderá começar nos próximos dias", disse Kerry em uma entrevista em Amman junto com o ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Nasser Judeh. "Os detalhes para essa cessação das hostilidades estão sendo finalizados. De fato, estamos próximos de um cessar-fogo como nunca estivemos".
O secretário de Estado não quis dar detalhes sobre os temas ainda em discussão, afirmando que os dois lados "estão trabalhando sobre os detalhes" do acordo. Mas repetiu que a posição dos Estados Unidos, de que Assad deve deixar o governo, se mantém. "Com Assad essa guerra não pode e não irá terminar", afirmou.
O destino de Assad tem sido um dos principais pontos de diferença entre Washington e Mascou, que é o principal apoiado do líder sírio. Recentemente, o governo russo tem dito que o destino de Assad deveria ser decidido pelos sírios, mas ainda mantém os ataques aéreos em apoio ao presidente da Síria.

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