Fonte: De Fato
O Sindicato dos Trabalhadores da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sindisaúde), regional de Mossoró, através de seu presidente João Morais, e o diretor, Aldiclésio Alves Maia, informaram ao De Fato.com na manhã desta segunda-feira, 15, mais uma morte no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) por falta de um respirador mecânico e do tomógrafo quebrado.
De acordo com Aldiclésio e João Morais, um paciente vindo de Caraúbas sofreu acidente e precisou ser entubado para realizar uma tomografia, pois estava com desconforto respiratório. Porém, os dois equipamentos que poderiam salvar a vida do rapaz de 26 anos estão quebrados.
Foto: Cedida/Sindisaúde
“Um paciente de Caraúbas sofreu um acidente e precisou ser entubado, mas o que não ocorreu porque o respirador mecânico estava quebrado. Ele deu entrada no Tarcísio Maia às 18h50 e morreu por volta das 4h10 desta segunda por negligencia médica. Como o tomógrafo também está quebrado o neurocirurgião disse que não ia entubar o mesmo e que fosse feito a TC. A supervisão do HRTM entrou em contato com o Samu, mas os socorristas disseram que só levaria o paciente se ele estivesse estável e mesmo com o TCE grave e não foi sequer realizado o TC”.
Foto: Cedida/Sindisaúde
Segundo Aldiclésio, foi chocante observar a situação e não ter como fazer nada para salvar a vida do rapaz. “Toda a equipe médica ficou revoltada e chocada com o que aconteceu. Infelizmente mais uma vida está sendo ceifada por falta de um respirador mecânico”, ressaltou ele que ainda revelou que várias solicitações para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) foram feitas, mas que não há vagas.
Foto: Cedida/Sindisaúde
“Várias solicitações de vagas na UTI foram realizadas, mas elas não podem ir porque não tem. O hospital não dispõe destas vagas e as pessoas estão ficando nos corredores e quartos a espera de uma destas vagas”.
Ainda de acordo com João Morais, nesta manhã de segunda havia 36 pacientes em macas e em outros lugares e 14 nos corredores, sendo destes pacientes com mais de 60 anos. “Hoje no HRTM contamos com 36 pacientes em macas em outros lugares e 14 nos corredores, pacientes com mais de 60 anos e já faz dois dias em maca tem 2 com esta idade”.
Foto: Cedida/Sindisaúde
Para finalizar, Aldiclésio diz que se nada for feito a tendência é que o quadro piore. “Várias pessoas estão em macas nos corredores e o hospital está superlotado com equipe reduzida. Infelizmente a situação só tende a agravar”.
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