Fonte: Extrta
Investigado após ser citado na delação premiada do doleiro Alberto Yousseff à Lava Jato, o senador Aécio Neves (PSDB) afirmou que “o governo achou que estava acima da lei e da ordem”. O parlamentar ainda afirmou que, durante as eleições de 2014, quando foi derrotado pela presidente Dilma Rousseff, “alertou a senhora presidente da república para as pedaladas fiscais”. Aécio vai votar pelo impeachment da presidente.
Aécio é alvo de investigação relacionada ao caso de Furnas por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. De acordo com o doleiro Alberto Youssef, o senador teria recebido propina da empresa Bauruense, contratada por Furnas, por meio de sua irmã. Por conta dos depoimentos de Youssef e do ex-senador Delcídio do Amaral, cassado por quebra de decoro, procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao STF que abrisse inquérito para investigálo.
O trecho da delação em que Yousseff cita Aécio tinha sido arquivado no ano passado, mas Janot pediu o desarquivamento depois que Delcídio confirmou as suspeitas em delação premiada. Segundo o procurador-geral, os novos depoimentos trouxeram “novos elementos que indicam, com maior robustez, suposta prática dos crimes anteriormente descritos contra o senador Aécio Neves da Cunha, os quais seriam justificadores do aprofundamento das investigações”.
Ao todo, Aécio, que foi candidato à presidente e foi derrotado por Dilma Rousseff, foi citado quatro vezes por delatores na Lava Jato. Mais cedo, o parlamentar foi chamado de “coveiro da democracia” pela senadora Fátima Bezerra (PT/RN).
Nenhum comentário:
Postar um comentário