Queiroga afirmou que o mais provável é ter havido um evento adverso à vacina oral, ou seja, qualquer ocorrência médica indesejada e que não possui relação causal com imunização. O ministro reforçou ainda a necessidade de imunizar crianças de até cinco anos contra a doença.
O caso suspeito é o de um menino de três anos que não estava completamente vacinado contra a doença e que apresentou paralisia flácida aguda em Santo Antônio do Tauá (PA). Alguns dos sintomas da paralisia são fraqueza nas pernas, dificuldade motora, espasmos musculares e atrofia muscular.
“Ontem surgiu um rumor de um caso no Pará, mas não foi confirmado. A criança tinha esquema vacinal primário incompleto. Muito provavelmente houve um evento adverso à vacina oral. Este caso do Pará, pelo que eu sei, já foi descartado. Não é pólio. Nas fezes [da criança] tem lá um vírus vacinal, é da vacina. Não é pólio. Felizmente, mas pode acontecer, senão a gente não estava toda hora falando sobre isso [campanha de vacinação]”, disse o ministro.
A meta da campanha nacional de vacinação do Ministério da Saúde contra a poliomielite é de pelo menos 95% da população infantil menor de cinco anos. Até esta sexta-feira (7), no entanto, 62,50% das crianças entre um e menores de cinco anos foram imunizadas contra a poliomielite, de acordo com os dados da plataforma LocalizaSUS.
A doença foi erradicada no país em 1994, mas a baixa adesão à vacinal nos últimos anos preocupa especialistas e o próprio ministério.
Queiroga afirmou que as coberturas vacinais estão baixas não só no Brasil, mas em todo o mundo e citou países como Estados Unidos e Israel. O ministro disse ainda que, apesar do fim da campanha, todas as vacinas que compõem o Calendário Nacional de Vacinação, como o imunizante que protege contra a pólio, seguem disponíveis para a população durante todo o ano.
“Pais, mães e responsáveis, levem seus filhos menores de cinco anos para completar o esquema vacinal da pólio. Só assim vamos conseguir manter o país livre da poliomielite”, reforçou o ministro.
CNN
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