Publicado na revista científica Earth and Space Science, o artigo explica que os montes submarinos são formados por meio da atividade vulcânica no oceano — eles podem medir de três até dez quilômetros de altura. Normalmente, essas estruturas oceânicas são detectadas por sonar, contudo, apenas se um navio estiver passando por eles.
No caso dos cientistas, eles usaram dados do satélite CryoSat-2, da Agência Espacial Europeia e do SARAL, para detectar 19.325 vulcões no fundo do oceano — o SARAL é uma cooperação das agências espaciais indiana e francesa.
Mais de 40 mil vulcões no fundo do oceano
“Devido ao impacto que os montes submarinos têm no oceano e nos ecossistemas, eles são características importantes para estudar, mapear e classificar”, descrevem os cientistas no estudo.
Quando o sonar é utilizado, é possível encontrar os montes submarinos por meio das ondas sonoras que ricocheteiam no fundo do mar. Já o satélite usa a altimetria para medir as pequenas mudanças na superfície do mar que, originalmente, surgem do fundo dos oceanos.
Somando os 19.325 aos 24.643 que já haviam sido mapeados em diferentes regiões do planeta Terra, os cientistas elevaram o número total para 43.454 vulcões oceânicos catalogados. As novas descobertas revelaram diversas estruturas menores, como um vulcão de apenas 421 metros de altura — a maioria tinha cerca de 700 metros de altura, mas alguns mediam até 2500 metros acima do fundo do mar.
Um número em crescimento
Em 2021, foi estimado que deveriam existir cerca de 55 mil montes submarinos, contudo, as novas descobertas devem estimular uma revisão desse número. De qualquer forma, os pesquisadores afirmam que ainda podem existir milhares de vulcões que estão esperando para serem descobertos no fundo do oceano.
Além de ajudar a encontrar detalhes sobre a quantidade de vulcões no Oceano, os cientistas acreditam que as descobertas também podem ajudar em um melhor entendimento sobre a relação das placas tectônicas com os vulcões.
“Nosso estudo definitivamente ajudou a progredir no catálogo global de montes submarinos, mas melhorias na resolução de dados podem nos ajudar a encontrar mais”, comenta a cientista terrestre e líder da pesquisa, Julie Gevorgian, em entrevista ao site Newsweek.
Fonte: Earth and Space Science
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