Nas últimas semanas, as forças norte-americanas estacionadas em diversos pontos do Oriente Médio têm sido atacadas. No final de semana, por exemplo, um navio da Marinha dos EUA foi alvo de uma ação com drones orquestrada pelos rebeldes xiitas houthis, do Iêmen. Também foram disparados mísseis contra a embarcação, que conseguiu conter a agressão.
No caso do ataque desta sexta-feira (8), o alvo foi especificamente a embaixada, que sofreu pequenos danos materiais. De acordo com um oficial das forças de segurança iraquianas, 14 foguetes foram disparados contra o edifício, sendo que alguns atingiram o portão da embaixada e outros caíram no rio Tigre. Ninguém ficou ferido.
“Apelamos novamente ao governo do Iraque, como fizemos em muitas ocasiões, para que faça tudo o que estiver ao seu alcance para proteger pessoal e instalações diplomáticos dos parceiros da coalizão”, disse um funcionário da embaixada. “Reiteramos que nos reservamos o direito à autodefesa e à proteção do nosso pessoal em qualquer parte do mundo.”
Ao menos em um primeiro momento, nenhum grupo assumiu a autoria do ataque, mas o governo norte-americano aponta milícias ligadas ao Irã como responsáveis. De acordo com a agência Reuters, o ataque começou às 4h da manhã, pelo horário local, e sirenes foram acionadas, com orientações para que as pessoas no prédio “se abaixassem e se escondessem”.
Ataques frequentes
Desde o início da guerra no Oriente Médio, desencadeada pelo ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro, as forças norte-americanas foram atacadas em mais de 70 ocasiões na região. Grupos islâmicos radicais assumiram a autoria das ações e deixaram claro que elas estão relacionadas ao apoio de Washington ao Estado judeu.
Os ataques ocorreram não apenas no Iraque, mas também na Síria. A resposta, por enquanto, tem se limitado a operações militares norte-americanas no território sírio, algumas delas contra depósitos de armas supostamente ligados ao Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã (IRGC, na sigla em inglês).
Em todos esses ataques, foram registradas mais de 60 pessoas feridas, conforme relatou a agência Al Jazeera. Até então, os alvos eram exclusivamente militares, sendo o episódio desta sexta em Bagdá o primeiro contra instalações diplomáticas dos EUA.
A rede CNN relatou que as hostilidades levaram Washington, em novembro, a deslocar mais 1,2 mil soldados para o Oriente Médio, além de embarcações da Marinha com outros milhares de combatentes.
De acordo com o secretário de Defesa Lloyd Austin, o objetivo é “ampliar os esforços regionais de dissuasão, aumentar a proteção das forças dos EUA na região e ajudar na defesa de Israel.”
Por sua vez, o porta-voz do Pentágono, general Pat Ryder, disse que “ninguém quer ver um conflito cada vez maior, e esse é o nosso objetivo principal. Mas também nunca hesitaremos em proteger as nossas forças.”
A REFERÊNCIA
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