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sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

Hungria bloqueia tentativa de ajuda financeira da UE à Ucrânia


 Foto: Reuters

Os líderes europeus concordaram em abrir negociações de adesão à União Europeia com a Ucrânia, em um movimento saudado como uma “vitória” pelo presidente do país, Volodymyr Zelensky, mas o grupo regional não conseguiu aprovar um pacote de ajuda crucial para Kiev depois de um bloqueio da Hungria.

Charles Michel, Presidente do Conselho da UE, anunciou na quinta-feira no X que iria “abrir negociações de adesão com a Ucrânia e a Moldávia” e concedeu o status de candidato à Geórgia. O movimento foi “um sinal claro de esperança para o seu povo e para o nosso continente”, disse Michel.

A notícia foi prontamente comemorada pelo líder ucraniano, cujo povo vem lutando contra uma devastadora invasão russa desde fevereiro de 2022.

“Esta é uma vitória para a Ucrânia. Uma vitória para toda a Europa. Uma vitória que motiva, inspira e fortalece”, Zelensky postou no X após o anúncio.

“A história é feita por aqueles que não se cansam de lutar pela liberdade”, disse Zelensky.

O anúncio do Conselho Europeu ocorre quase dois anos depois que o bloco aceitou a Ucrânia como um país candidato, embora a Ucrânia tenha tido ambições de aderir à UE por mais de uma década.

É uma forte mensagem ao presidente russo, Vladimir Putin, após preocupações de que o Ocidente perdeu o interesse em apoiar Kiev em sua luta contra as forças invasoras de Moscou.

No entanto, os líderes europeus não foram capazes de assinar um pacote de ajuda financeira multibilionária para a Ucrânia depois que a Hungria foi a única nação a manifestar oposição, de acordo com o primeiro-ministro holandês Mark Rutte.

Rutte disse que foi acordado que as negociações de financiamento seriam retomadas no início de 2024, e que “dado o estado do jogo nas negociações, estou bastante confiante de que podemos chegar a um avanço no início do próximo ano.” Mas ele acrescentou que “não era uma garantia.”

Rutte disse que dos 27 estados membros da UE, 26 concordaram com o financiamento da Ucrânia, mas que Viktor Orbán, da Hungria, “ainda não é capaz de fazer isso. Espero que no próximo ano.”

“Este é um bom resultado. Ainda temos algum tempo. A Ucrânia não ficará sem dinheiro nas próximas semanas. Então temos esse tempo e acho que podemos chegar lá”, acrescentou Rutte.

Orbán e seu governo sempre foram de longe o aliado mais próximo do Kremlin dentro do bloco europeu. De acordo com a Reuters, o acordo de financiamento está estimado em 50 bilhões de euros.

CNN



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