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quarta-feira, 8 de maio de 2024

Arcabouço fiscal virou “peça de ficção”, diz Stuhlberger


 Luis Stuhlberger (Foto: Germano Lüders)

A mudança da meta de superávit primário para 2025 e 2026, anunciada pelo Governo no mês passado, mudou a visão da Verde Asset Management sobre o jogo fiscal. “Esse PLDO de 2025 foi um ‘game changer’ enorme do que esperar desse governo em termos fiscais”, destacou Luis Stuhlberger, CEO e CIO da casa em evento da gestora voltado para investidores, nesta terça-feira (7).

Com tom bastante crítico, o executivo destacou que o arcabouço fiscal virou uma “peça de ficção” e que agora o que ele achava que era “ruído” passou a ser “sinal”. “Voltamos ao risco do fiscal e a grande facilidade para alterar o arcabouço colocou em xeque a sua credibilidade”, resumiu.

No último dia 15 de abril, a meta de resultado primário do Governo Central em 2025 deixou de ser um superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) e passou para um quadro de equilíbrio entre receitas e despesas (déficit zero).

Como o novo arcabouço fiscal permite uma banda de tolerância de 0,25 ponto percentual para cima ou para baixo, o novo objetivo permitiria um déficit de até 0,25% do PIB no ano que vem sem que o governo incorresse em descumprimento − o que acarretaria em sanções e no acionamento de gatilhos fiscais.

O PLDO de 2025 também fez uma revisão da promessa do resultado primário de 2026, último ano do atual governo. Neste caso, a meta sai de um superávit de 1% do PIB para 0,25% − o que equivale a um saldo positivo de R$ 33,1 bilhões para as receitas ante as despesas.

Nos cálculos do Governo, a projeção de crescimento das despesas chegaria a 2,5% e 2,6% em 2025 e 2026, respectivamente. A Verde estima, no entanto, que, caso os entrantes na Previdência e o pagamento do Benefício de Prestação Continuada (BPC) continuem crescendo no ritmo atual, esse avanço das despesas iria para 3,4% e 3,7%, pela ordem, em 2025 e 2026.

Infomoney



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