Fonte: Tribuna do Norte
A posição geográfica estratégica, o potencial de ampliação da área construída e do parque de estocagem de mercadorias do Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante, não são atrativos suficientes para garantir a escolha do Rio Grande do Norte como sede do HUB da TAM Linhas Aéreas no Nordeste. O empreendimento da companhia, que deverá consumir 1,5 bilhão de dólares em sua implementação, requer um complexo modal de acessos e escoamento de produção e de passageiros à disposição. As obras dos acessos ao aeroporto, que poderiam elevar as chances da escolha do estado como sede do HUB, porém, sequer foram retomadas e/ou iniciadas.Na semana passada, a TAM Linhas Aéreas anunciou a construção de um HUB no Nordeste e escolheu três cidades para avaliação: Fortaleza, Natal e Recife. O HUB é um ponto de conexão de voos cargueiros e de passageiros, comum em países desenvolvidos e adotado por grandes companhias aéreas para reduzir custos e integrar regiões. O Rio Grande do Norte, segundo a professora de Logística do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRN), Karla Motta, dispõe de inúmeros atrativos e potencial para instalação do empreendimento. Entretanto, deixa a desejar em alguns, perdendo concorrência para estados vizinhos. A falta de acessos concluídos ao aeroporto é uma delas.
O Governo do Estado, apesar de dispor da fonte de recursos para concluir os acessos via BR-406, na zona Norte de Natal, ainda não tem data para retomar as obras, que deveriam ter sido entregues há quase um ano, antes da Copa do Mundo de 2014. Elas estavam orçadas em R$ 72 milhões e foram entregues inconclusas. Não se sabe quanto custarão a partir da sua retomada. O Executivo Estadual não informou, também, prazos para início da construção do Acesso Sul, que ligará o aeroporto à BR-304, nas proximidades do entroncamento com a BR-101 Sul, em Parnamirim. “O andamento dos serviços depende também da resolução do problema das ocupações irregulares na faixa de domínio da BR-406, uma área que é de responsabilidade do DNIT”, informou a assessoria de imprensa do Governo do Estado em nota. O problema relativo às desapropriações no referenciado trecho da rodovia deverão ser solucionados pela Secretaria de Estado da Infraestrutura (SIN), através de pagamentos de indenizações. A assessoria de imprensa do Governo do Estado confirmou, ainda, que o governador Robinson Faria deverá se reunir com a presidência da TAM Linhas Aéreas para apresentar dados técnicos relativos ao potencial do estado, incluindo a redução da alíquota do ICMS de aviação, a capacidade de ampliação do novo aeroporto e qualificação de mão de obra.
Aeroporto
Em nota enviada à TRIBUNA DO NORTE, a assessoria de imprensa do Consórcio Inframerica, administradora do terminal aeroviário, confirmou que “a Inframerica mantém parceria com a TAM e já está estudando para conseguir atrair esse projeto para Natal”.
O Consórcio, que também administra o Aeroporto de Brasília, no qual está instalado um HUB da TAM Linhas Aéreas para a conexão de voos nacionais, informou que o Aeroporto de Natal está numa posição privilegiada para escoamento de cargas internacionais, com capacidade para receber o maior avião comercial do mundo, o Airbus A380, além de ampliar o volume de recepção de passageiros dos atuais 2,5 milhões/ano para 6 milhões/ano.
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