Fonte: o Potiguar
O protesto do Movimento Sem Terra (MST) em São Gonçalo do Amarante criou transtornos ontem segunda-feira (04). Com o fechamento dos acessos ao aeroporto, muitos dos que iam embarcar naquele equipamento tiveram de concluir o trajeto a pé. A paralisação provocada pelo MST foi nacional.
Diante do acirramento de ânimos, que durou por todo período da manhã, o governador Robinson Faria chamou o MST para uma reunião. As críticas posteriores ao governador não deram conta das especificidades do acontecimento, pois o encontro entre o MST e Robinson não foi o resultado de um líder que tegiversou diante da pressão da tática violenta do MST. Pelo contrário. A intervenção foi imprescindível para destravar o imbróglio.Vale contextualizar. O MST fez um “escudo” com crianças e mulheres que também marchavam com o agrupamento. A ação coercitiva da polícia poderia gerar uma tragédia. Nesses casos, ela é, inclusive, desaconselhada. O conjunto de trabalhadores rurais pretendia caminhar até o aeroporto e ocupar o equipamento. A propaganda negativa representaria uma pá de cal nas pretensões do Rio Grande do Norte no sentido de trazer o centro de conexões da LATAM – o chamado Hub – para o nosso Estado.
Em contato com o movimento, Robinson determinou que receberia uma comissão, desde que a via fosse desobstruída pacificamente e o aeroporto não viesse a ser ocupado. Com a entrada do governador, através do diálogo, uma tragédia foi evitada, além da propaganda negativa que não aconteceu. Não fosse isso, todo o RN estaria agora aguentando os outros concorrentes (Pernambuco e Ceará) tripudiando das terras de Poti e o Governo do Estado teria de prestar mil explicações a LATAM.
Saiu ou não saiu barato?
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