Fonte; Tribuna do Norte
Portaria assinada pelo delegado-geral da Polícia Civil, Stênio Pimentel, e publicada na edição deste sábado (18) do Diário Oficial do Estado determina a dispensa do delegado Fábio Rogério Silva, que até ontem era o titular da Delegacia Especializada em Homicídios de Natal (Dehom). Silva foi transferido para a 1ª Delegacia de Polícia de Parnamirim. No seu lugar, assume o delegado Ben-Hur Medeiros, até então titular da Delegacia Especializada em Capturas (Decap).
Na portaria, a Degepol deixa claro que a causa da transferência foram as declarações polêmicas de Fábio Rogério à imprensa durante a semana. O ex-titular da Dehom reclamou da falta de estrutura da especializada, que contava com apenas cinco equipes para solucionar os inquéritos, e denunciou a Delegacia Geral de criar um clima de "terrorismo administrativo" dentro da Polícia Civil."Perseguição" foi a palavra utilizada por Fábio Rogério para definir o processo de dispensa da Dehom. De acordo com ele, o atual delegado-geral nunca o recebeu para tratar das deficiências de especializada, que investiga todos os crimes de Natal. O novo modelo da delegacia foi criado em 2014. Para se ter uma ideia, a Dehom possui um passivo de quase 700 inquéritos em andamento, dos quais 100 são oriundos do antigo modelo da delegacia.
Na portaria, a Degepol deixa claro que a causa da transferência foram as declarações polêmicas de Fábio Rogério à imprensa durante a semana. O ex-titular da Dehom reclamou da falta de estrutura da especializada, que contava com apenas cinco equipes para solucionar os inquéritos, e denunciou a Delegacia Geral de criar um clima de "terrorismo administrativo" dentro da Polícia Civil."Perseguição" foi a palavra utilizada por Fábio Rogério para definir o processo de dispensa da Dehom. De acordo com ele, o atual delegado-geral nunca o recebeu para tratar das deficiências de especializada, que investiga todos os crimes de Natal. O novo modelo da delegacia foi criado em 2014. Para se ter uma ideia, a Dehom possui um passivo de quase 700 inquéritos em andamento, dos quais 100 são oriundos do antigo modelo da delegacia.
Rogério assumiu a especializada em fevereiro, após a saída do delegado Frank Albuquerque. "Na verdade, eles me colocaram lá para me queimar, pois não iam me dar nenhuma estrutura. A que ela tem hoje é a mesma de quando foi inciada, mas hoje temos mais de 600 inquéritos. E quando tiraram os dois policiais foi a gota d'água. Como vão priorizar uma delegacia assim? Eles valorizam tanto a Dehom, que deveria ser a principal delegacia, e ela não tem nem identificação, é um absurdo! A verdade dói, e como apareceu alguém de coragem para falar, querem me tirar", desabafou.
Produtividade
Em resposta, a portaria assinada pelo delegado-geral Stênio Pimentel afirma que a insatisfação de Fábio Rogério poderia prejudicar os serviços da delegacia especializada, e aponta ainda a falta de produtividade da delegacia. "Produtividade da suprarreferida especializada não vem sendo satisfatória, mesmo dispondo de uma estrutura diferenciada", diz o documento. Segundo a Degepol, a delegacia conta com nove delegados, oito escrivães e 47 agentes.
O delegado Fábio Rogério, no entanto, nega a informação. De acordo com ele, entre fevereiro e setembro foram realizadas 55 prisões pela delegacia, com instauração de 314 inquéritos, 64 destes remetidos à Justiça. Entre agosto de 2014 e janeiro de 2015, foram realizadas 8 prisões e instaurados 199 inquéritos, dos quais 18 encaminhados à justiça.
"O problema é a quantidade de mortes é três vezes maior do que a equipe e velocidade com que podemos investigar. Se não criar a divisão de homicídios, é enxugar gelo. Mas são pessoas que estão no comando da Degepol estavam fora da atividade policial e não têm visão", criticou.
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