Fonte: O Globo Via Reuters
BAGDÁ - Após prometer tomar a estratégica cidade de Ramadi em menos de três dias, o Iraque continua sua ofensiva contra o Estado Islâmico no local — agora perto de repelir em sua totalidade os jihadistas, encurralando os que ainda ocupam o centro da cidade. As forças de segurança tomaram um bairro onde militantes estavam entrincheirados e já desfazem bombas e minas plantadas pelo EI. Dois soldados morreram.
O porta-voz do comando de operações conjuntas, brigadeiro Yahya Rasool, afirmou que as forças antiterrorismo estão a 800 metros do complexo do governo, “tendo avançado cerca de 1 km no último dia”.
— Os terroristas tentaram aplacar a ofensiva com ataques suicidas, mas tiveram menos êxito por vários motivos — explicou o coronel Steve Warren, porta-voz da coalizão antijihadista liderada pelos Estados Unidos. — Tanto os iraquianos quanto a coalizão melhoraram muito em identificar antes estas ameaças.
Três dias depois do ataque do governo, os militantes ainda estão entrincheirados no centro de Ramadi, ao redor do complexo do governo provincial. Comandantes do Exército disseram na quarta-feira que a batalha por Ramadi “demoraria vários dias”, já que algumas centenas de militantes seguiam no local.
Durante o sábado, soldados removiam bombas das estradas e residências em bairros já tomados desde o lançamento do ataque à cidade na terça-feira, disse a TV estatal. A mídia local citou ainda membros das forças de segurança que asseguraram a retomada.
Um sucesso ao recapturar Ramadi, capital provincial no fértil vale do rio Eufrates apenas duas horas de carro de Bagdá, seria uma das mais importantes vitórias alcançadas por forças armadas do Iraque desde que militantes Estado Islâmico varreram um terço do país em 2014.
As forças do governo iraquiano têm apoio aéreo de uma coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos. Unidades de milícias xiitas apoiadas pelo Irã, que têm desempenhado um papel importante em outras ofensivas do governo, foram mantidas longe do campo de batalha de Ramadi para evitar irritar moradores sunitas.
Ramadi, capital da província de Anbar, de maioria sunita, foi o maior prêmio do Estado Islâmico em 2015, abandonada por forças do governo em maio, em um grande revés para Bagdá, que forçou Washington a olhar de perto sua estratégia contra os militantes. O governo de Bagdá há muito tempo disse que pretendia recapturar Ramadi antes de lançar uma ofensiva contra Mossul, a maior cidade do Norte do Iraque e reduto principal do Estado Islâmico no país.
Nenhum comentário:
Postar um comentário